quarta-feira, 27 de julho de 2011

Lição 5: O Reino de Deus através da Igreja

Lição 5: O Reino de Deus através da Igreja
Data: 31 de Julho de 2011

TEXTO ÁUREO


Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho(Mt 11.5).

VERDADE PRÁTICA


A Igreja do Senhor Jesus Cristo deve manifestar o Reino de Deus neste mundo, através da proclamação do Evangelho de Cristo.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Lc 6.12-16
O Senhor comissiona seus servos



Terça - Lc 10.9b
A Igreja é a extensão do Reino



Quarta - 1 Pe 2.9
A Igreja anuncia as virtudes de Cristo



Quinta - At 2.36; 1 Co 2.2
Proclamando o Cristo crucificado



Sexta - At 2.42-44
Vivendo a comunhão cristã



Sábado - At 2.45-46; Tg 1.27
Servindo ao próximo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Lucas 17.20,21; Mateus 18.1-5; Marcos 10.42-45.

Lucas 17
20 - E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes e disse: O Reino de Deus não vem com aparência exterior.
21 - Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o Reino de Deus está entre vós.

Mateus 18
1 - Naquela mesma hora, chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no Reino dos céus?
2 - E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles
3 - e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.
4 - Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus.
5 - E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta a mim me recebe.

Marcos 10
42 - Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes delas se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas;
43 - mas entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal.
44 - E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos.
45 - Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.

INTERAÇÃO


Professor, na lição de hoje estudaremos a respeito da relação entre a Igreja e o Reino de Deus. Veremos que a Igreja deve manifestar o Reino de Deus neste mundo mediante a pregação do Evangelho. Enfatize o fato de que uma das características da Igreja é a pregação cristocêntrica. Todavia muitos não proclamam mais o Cristo crucificado. Esses acabam reduzindo Jesus a um mero psicólogo, executivo, mestre, etc. Por isso, é importante que você logo no início da aula faça a seguinte indagação: O que Jesus “é”, “fez” e “representa” para a Igreja e a sociedade? Que o Cristo crucificado seja o assunto principal de nossas pregações.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Reconhecer que a Igreja de Cristo representa o Reino de Deus no mundo.
  • Compreender que o Reino de Deus está presente na Igreja.
  • Conscientizar-se de que fomos chamados para ser servos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, reproduza o quadro abaixo seguinte conforme as suas possibilidades. Ao concluir o tópico I da lição, com o auxílio do quadro, fale a respeito das nossas características como Igreja. Em seguida fale a respeito das características do mundo como criação de Deus. Comente a respeito do nosso compromisso proativo de influenciá-lo. Enfatize que o mundo deve receber o que temos de melhor para oferecer: Jesus Cristo. Leia as referências bíblicas e explique que elas apontam para nossa responsabilidade com a Terra.


COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Agir: Praticar ou efetuar algo na condição de agente; atuar; proceder.

Mediante a graça divina, tornamo-nos parte do Corpo de Cristo, que é a sua Igreja (1 Co 12.27). E como seus membros, temos por missão viver e divulgar, zelosa e amorosamente, os valores do Reino de Deus neste mundo. Que jamais nos esqueçamos que o Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17).
Se não tivermos isso em mente, fracassaremos. Mas se levarmos avante a tarefa que nos confiou o Senhor Jesus, haveremos de expandir o Reino de Deus até aos confins da terra, conforme nos requer o Filho de Deus. Esta é a essência da Grande Comissão que dele recebemos.

I. O REINO DE DEUS E A IGREJA

1. Igreja, representante do Reino. Como já vimos, Deus é o criador dos céus e da terra (Gn 1.1). Toda a criação está sob o seu governo. Seu domínio, soberania e autoridade jamais terão fim (1 Cr 29.11; Jó 38.1-11; Dn 4.3). Foi Ele quem constituiu a nação de Israel (Lv 26.12), para representá-Lo diante dos outros povos da Terra. No tempo presente, comissionou a Igreja de Jesus Cristo para que o representasse neste mundo (1 Pe 2.9).
2. A Igreja é comissionada por Cristo. Em seu ministério terreno, Jesus organizou e preparou um grupo de pessoas para que saísse e proclamasse a mensagem do Reino de Deus. De acordo com o Evangelho de Mateus, o grupo veio a formar o núcleo da ekklēsia — Igreja (16.18; 18.17).
Fundada no Dia de Pentecostes, a Igreja cresceu (At 2.41), multiplicou-se (At 2.47) e continua a chamar pessoas, oriundas de todos os lugares e classes sociais, sejam homens, sejam mulheres ou crianças, para fazerem parte do Reino de Deus.
3. A Igreja na sociedade. Muitos menosprezam a Jesus Cristo, reduzindo-o a um mero fundador de religião. Por isso, cabe a Igreja apresentá-Lo como o único Salvador do mundo. Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem (1 Co 3.11; 1 Tm 3.15; Cl 1.13-20; 2.9). A Igreja de Cristo é a expressão visível do Reino de Deus (Mt 3.2; Lc 10.9). Você tem consciência de quem Jesus é, fez e representa?



SINOPSE DO TÓPICO (I)

A Igreja, uma vez comissionada por Cristo, representa o Reino de Deus na sociedade.



II. O REINO DE DEUS PRESENTE NA IGREJA

1. Na pregação cristocêntrica. Uma das principais características da Igreja de Deus é a pregação cristocêntrica. Pedro, no Dia de Pentecostes, proclamou com ousadia o Cristo crucificado (At 2.36). Já o apóstolo Paulo declara com firmeza ser este o assunto principal de suas pregações: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.2). A postura coerente e bíblica dos primeiros cristãos fez com que a Igreja experimentasse um crescimento quantitativo e qualitativo no poder do Espírito Santo (At 2.41,47). Cristo Jesus não deve jamais ser substituído por nenhum outro assunto em nossos cultos e pregações. Ele é o fundamento de todas as coisas. Por isso, devemos proclamá-lo com absoluta fidelidade, a fim de que as Boas Novas cheguem a toda a humanidade.
2. Na Comunhão. A palavra comunhão tem um sentido bem amplo, podendo indicar participação, comunicação, auxílio, contribuição, sociedade, intimidade e cooperação.
A comunhão entre os irmãos era a marca registrada da Igreja Primitiva, pois o seu comportamento estava alicerçado sobre os valores do Reino de Deus (At 2.42-44). Os que ainda não são cidadãos do Reino de Deus precisam ver e sentir o amor de Cristo mediante a nossa comunhão uns com os outros (Jo 13.35).
3. No Serviço. A Igreja de Cristo é um organismo vivo e sua função não se limita à proclamação do Evangelho. Ela serve ao Pai, mas também ao próximo (Mc 12.29-31). O serviço da Igreja consiste em ajudar, suprir as necessidades dos filhos e filhas de Deus. A igreja local, portanto, deve socorrer os necessitados, as viúvas e os desamparados. Suas obras sociais confirmam e legitimam a sua pregação. A prática do serviço através do “Corpo de Cristo” é um mandamento do Senhor: “Ama o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12.31). A proclamação, a comunhão e o serviço farão da Igreja uma autêntica expressão do Reino de Deus (Tg 2.14-26).



SINOPSE DO TÓPICO (II)

O Reino de Deus se faz presente na Igreja através da pregação cristocêntrica, da comunhão e do serviço.



III. QUEM É O MAIOR NO REINO DE DEUS

1. O “maior” em humildade. Jesus escolheu homens falíveis para serem seus discípulos. Estes se defrontaram, tal como acontece ainda hoje, com o orgulho e a ambição, como se vê na passagem de Marcos 9.33-37. Percebendo neles claramente tais males, Jesus tomou em seus braços uma criança, a fim de ensiná-los a respeito da humildade, simplicidade e receptividade (Mt 18.2,4).
Como servos de Deus, devemos ser os “maiores” em humildade, amor ao próximo, sabedoria, domínio próprio, fé, etc. Jesus deixou bem claro que a verdadeira grandeza não consiste nos bens materiais, na fama ou no poder. A verdadeira grandeza está num coração quebrantado, contrito e puro diante do Senhor (Sl 34.18; 51.17).
2. O maior deve ser como uma criança. Jesus usou o exemplo de uma criança para demonstrar as características que os súditos do seu Reino precisam ter. Os seguidores de Cristo carecem ser identificados como pessoas humildes e dispostas a servirem a Deus e ao próximo (Lc 22.25,26). Por que Jesus utilizou uma criança como exemplo? Porque as crianças não estão preocupadas com cargos ou posições. Elas são humildes, sinceras e manifestam a pureza de Cristo (Mt 19.13-15). Sigamos o exemplo dos pequeninos!
3. O maior deve ser servo de todos. O maior no Reino de Deus é o servo de todos (Lc 22.26,27). É o que serve aos enfermos, aos necessitados e aos feridos sem esperar nada em troca (Tg 1.27). Nisto, Cristo Jesus é o nosso supremo exemplo. Sendo Ele o Deus “bendito eternamente” (Rm 9.5), por amor de todos nós, humilhou-se e entregou-se a si mesmo como sacrifício expiador dos pecados do mundo (Ef 5.2; Fp 2.5-11). Você já pensou o quanto poderíamos influenciar o mundo se vivêssemos, de fato, como servos de todos, assim como nos reivindica a Palavra de Deus?



SINOPSE DO TÓPICO (III)

O “maior” no Reino de Deus é humilde, possui a sinceridade de uma criança e se faz servo de todos.



CONCLUSÃO

A Igreja de Cristo tem a responsabilidade de proclamar e demonstrar as virtudes do Reino de Deus a toda criatura (1 Pe 2.9). Neste mundo, nós os salvos, aqui estamos para servir ao Senhor e ao próximo (Fp 2.3,4). Um dia, estaremos para todo o sempre com o Senhor. Mas enquanto esse dia não chega, sigamos o exemplo de Cristo, que sendo Deus, tomou a forma de servo (Fp 2.5-11). Que venhamos, como Igreja do Senhor Jesus Cristo, evidenciar o Reino de Deus neste mundo através de nossa vida, testemunho e proclamação do Evangelho.

VOCABULÁRIO


Cristocêntrica: Cristo no centro de tudo.
Quantitativa: Quantidade.
Qualitativo: Que determina a qualidade.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


BOYER, O. Espada Cortante 1: Daniel, Apocalipse, Mateus e Marcos. RJ: CPAD, 2007.
BOYER, O. Espada Cortante 2: Lucas, João e Atos. RJ: CPAD, 2007.
COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã: Comentário Devocional do Sermão do Monte. 1.ed., RJ: CPAD, 2001.

EXERCÍCIOS


1. Quem é a representante do Reino de Deus na terra?
R. A Igreja do Senhor Jesus Cristo.

2. Como a Igreja deve apresentar Cristo a sociedade?
R. Como o único Salvador do mundo.

3. Como o Reino de Deus se faz presente na Igreja?
R. Através da pregação cristocêntrica, da comunhão e do serviço.

4. De acordo com a lição, como o “Corpo de Cristo” expressa o Reino de Deus?
R. Pela proclamação, comunhão e serviço.

5. Por que o Senhor Jesus apresentou uma criança aos discípulos?
R. Para demonstrar as características que os súditos do seu Reino precisam ter.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos (v.35)
Amor é o emblema, a insígnia, o distintivo pelo qual os homens nos distinguem dos discípulos de outras religiões. Conhecem-se os discípulos de Zoroastro pelo sistema religioso de dois deuses e seu matrimônio incestuoso. Conhecem-se os adeptos de Brama pela sua incomparável abnegação em comer e vestir. Conhecem-se os discípulos de Pitágoras por sua deferência aos números quatro e sete; os discípulos de Platão, pelas ideias fantásticas do côncavo da lua; os discípulos de Zenon, por seus sonhos de apatia e infelicidade; os discípulos de Maomé em seu rigor em observar os decretos de Alá. Podemos conhecer os discípulos dos escribas por suas tradições e exposições da lei; os discípulos dos fariseus, pelo seu formalismo e hipocrisia; [...] os discípulos dos saduceus, pela negação da providência de Deus e descrença na ressurreição. Os discípulos de Cristo, contudo, serão conhecidos, não por seus milagres (1 Co 13.1,2), nem por seus sermões, nem por sua doutrina, mas por seu amor — amor personificado em Jesus o Filho de Deus, aqui na terra” (BOYER, O. Espada Cortante 2: Lucas, João e Atos. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, pp.329,30).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Teológico

“A Lição da Humildade
E, lançando mão de uma criança (v.36). Cristo, assim como os profetas da antiguidade, ensinava por meio de gestos, sinais e objetos materiais. A lição da humildade é tão importante que, de qualquer maneira, devemos aprendê-la. Em vez de menosprezar as crianças, como nosso orgulho nos leva a fazer, devemos contemplá-las e meditar nesta lição de Cristo sobre a humildade.
Se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças (Mt 18.3). Aos que procuram os lugares de mais honra no Reino, Jesus declara que realmente não estão no Reino. Anjos foram lançados fora dos céus por causa do orgulho. Os que se ensoberbecem cairão na condenação do diabo (1 Tm 3.6). Se não abandonarmos o nosso orgulho, a entrada nos céus ser-nos-á vedada.
Se não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino de Deus (Mt 18.3). É evidente, portanto, que as criancinhas são salvas.
Aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus (Mt 18.4). A resposta de Jesus causa grande surpresa. Conforme a ideia popular, deveria responder: Quem pois, se tornar com um anjo, ou como o pastor de nossa igreja, esse é o maior no Reino dos céus.
Se não vos fizerdes como crianças (Mt 18.3). Não significa meninos: 1) no entendimento (1 Co 14.20); 2) na firmeza (Ef 4.14); 3) na censura (Mt 11.16,17); 4) no conhecimento da Palavra (Hb 5.12-14). Mas, sim, meninos: 1) em desejar o leite espiritual da Palavra (1 Pe 2.2); 2) em confiar no Pai celestial que nos alimentará e vestirá (Mt 6.25); 3) isentos da malícia (1 Co 14.20); 4) na humildade. É a isso que se refere Cristo. Como crianças, ‘não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes, não sejais sábios em vós mesmos’ (Rm 12.16).
Qualquer que receber uma destas (v.37). Receamos que se nos humilharmos como criança, ninguém nos receberá mais? Receamos que o próximo nos maltratará? Mas a essa dificuldade Cristo antecipa, acrescentando: ‘Qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta a mim me recebe. Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar’ (Mt 18.5,6). Esta palavra divina é como uma barreira de fogo em redor dos seus fiéis.
A mim me recebe (v.37). Quem põe sua mão sobre a cabeça da criança, põe-na sobre o coração da mãe da criança. Igualmente, quem recebe um dos mais pequenos recebe a Cristo, que tanto ama os pequeninos” (BOYER, O. Espada Cortante 1: Daniel, Apocalipse, Mateus e Marcos. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, p.542).

domingo, 17 de julho de 2011

Lição 4: A Comissão Cultural e a Grande Comissão

Lição 4: A Comissão Cultural e a Grande Comissão
Data: 24 de Julho de 2011

TEXTO ÁUREO


Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo(Mt 28.19).

VERDADE PRÁTICA


A evangelização requer da Igreja a proclamação integral do Evangelho ao mundo todo.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Gn 1.28-30
O estabelecimento da Comissão Cultural


Terça - Mc 16.15; Mt 28.19
O estabelecimento da Grande Comissão


Quarta - At 2.38-41
A Igreja na proclamação da Palavra



Quinta - At 2.42-47
A Igreja na prática do serviço



Sexta - Mc 16.15,16
A responsabilidade celestial da Igreja



Sábado - Gn 1.28; Mc 12.31
A responsabilidade terrena da Igreja

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Gênesis 1.26-30; Marcos 16.15-18,20.

Gênesis 1
26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27 - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28 - E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
29 - E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 - E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.

Marcos 16
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!

INTERAÇÃO


Professor, o enfoque principal da lição de hoje é a Missão Integral da Igreja. Esse é um tema relevante que está em voga, todavia não é algo novo. A Igreja Primitiva já fazia missão integral. Embora algumas igrejas não saibam nada a respeito desse conceito, muitas estão comprometidas e realizando a Missão Integral. Para a aula de hoje é importante que você adquira e leia o Pacto de Lausanne. Esse documento, elaborado por crentes de diferentes nações, é o resultado do Congresso Internacional de Evangelização Mundial que aconteceu em 1974 na cidade de Lausanne, na Suíça. O documento vem balizar o que a Palavra de Deus já nos diz a respeito de alcançar as nações com o evangelho de Cristo, contemplando todas as necessidades do ser humano, cumprindo a Missão Integral da Igreja.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Compreender que a Missão Integral é uma ordenança divina.
  • Saber que a Comissão Cultural é uma convocação à igreja.
  • Conscientizar-se de que o Senhor Jesus comissionou-nos a pregar, a batizar e a fazer discípulos em todo o mundo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, tire cópias do quadro abaixo para os alunos. Inicie a aula com a seguinte indagação: “O que é Missão Integral da Igreja?”. Ouça com atenção as respostas. Em seguida, leia juntamente com seus alunos, o conceito apresentado no I tópico. Depois, discuta com a turma as principais resoluções do Pacto de Lausanne em relação à evangelização e a responsabilidade social.



               Extraído do Pacto de Lausanne, Suíça, 1974.

COMENTÁRIO


Introdução

Palavra Chave
Missão Integral: Proclamação da mensagem da salvação mediante a pregação e as ações que seguem-se a esta, tendo sempre a visão total do homem.

Como Igreja do Senhor, fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13). Por conseguinte, é urgente que façamos a diferença neste presente século. Temos nós cumprido esta missão como Jesus o requer? Ou já nos tornamos insípidos?
Temos uma missão a cumprir. Não podemos perder tempo. Sirvamos fielmente ao Senhor e observemos a sua vontade, pois somente assim haveremos de alcançar nações, povos e etnias com a mensagem salvadora, libertadora e transformadora do Evangelho de Cristo Jesus.

I. MISSÃO INTEGRAL — UMA ORDENANÇA DIVINA

1. Uma responsabilidade que vai além da evangelização. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Este, porém, pecou e afastou-se de Deus. Por causa disto, recebeu a sentença sombria: a morte física e espiritual (Rm 3.23). A solução divina para tal castigo foi o sacrifício vicário de Cristo (Jo 3.16). Jesus tomou, pois, a sentença que era nossa e levou-a sobre si (Is 53.4-6). Esta verdade, narrada nos Evangelhos, deve ser proclamada pela Igreja a todo o mundo a tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2).
Uma vez que o ser humano não é composto apenas de alma e espírito, mas também possui necessidades físicas e emocionais, a evangelização deve contemplá-lo como um todo (Tg 2.14-17). Por conseguinte, cuidemos do homem integralmente (1 Co 6.18-20; 1 Ts 5.23), promovendo a sua reconciliação com o Criador e proporcionando-lhe as condições necessárias para que ele sinta a plena comunhão da família de Deus.
2. A Missão Integral da Igreja. Proclamar a mensagem da salvação mediante a pregação e as ações que a esta se seguem, tendo sempre a visão total do homem, equivale ao que se conhece como “Missão Integral”. No primeiro século da era cristã, a proclamação do Evangelho e a diaconia (serviço) da igreja eram inseparáveis (At 4.34,35; 6.1-7). Isto fez com que a igreja em Jerusalém caísse na graça do povo (At 2.46,47). A Missão Integral é apenas uma nova expressão que abrange tudo o que a Igreja pode e deve fazer para expandir o Reino de Deus no mundo atual.
3. O marco histórico da Missão Integral. No período de 16 a 25 de julho de 1974, foi realizado na cidade de Lausanne, Suíça, o Congresso Internacional para a Evangelização Mundial sob o tema: “Que a Terra ouça a voz de Deus”. O objetivo do Congresso era discutir os rumos das missões cristãs mundiais. No final dos trabalhos, foi divulgado um documento denominado O Pacto de Lausanne. Composta de 15 artigos, a declaração resgata a noção de que a Igreja de Cristo tem uma responsabilidade terrena e celestial a cumprir: contemplar e atender a todas as necessidades do ser humano conforme o Evangelho de Cristo.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

A evangelização deve contemplar o homem como um todo — corpo, alma e espírito.



II. COMISSÃO CULTURAL — UMA CONVOCAÇÃO À IGREJA

1. Um chamado à responsabilidade. Deus ordenou a Adão e Eva que administrassem a terra, tornando-a produtiva e habitável (Gn 1.26). Desde então, cada homem faz-se responsável pela criação diante do Criador. Por isto, convida-nos Ele a refletir a respeito dos princípios e valores, que se encontram em sua Palavra, em todos os níveis de nossas relações: na família, na igreja, na escola, na empresa e nas amizades.
Isto equivale dizer que o Evangelho de Cristo não visa apenas salvar o homem do pecado e do inferno, mas também levá-lo a agir como instrumento transformador da sociedade na qual acha-se inserido. Pois, Deus nos criou como seres sociais para que cuidemos de nós e da terra que Ele nos entregou (Gn 1.28-30 cf. Ef 6.1-9). Esta é a ordenança cultural que nos confiou o Senhor.
2. Restaurando a dignidade humana. Embora a Queda tenha introduzido o pecado na história humana, a Comissão Cultural não foi anulada. Continuamos responsáveis pela administração da terra que nos destinou o Senhor (Gn 3.23). Conforme afirma Nancy Pearcey, Jesus veio restaurar no homem, sem Deus, “a dignidade originalmente concedida na criação, recuperando nossa verdadeira identidade e renovando a Sua imagem em nós”.



SINOPSE DO TÓPICO (II)

Deus concedeu ao homem a responsabilidade pela administração da terra.



III. GRANDE COMISSÃO — A IGREJA PROCLAMA O EVANGELHO NO MUNDO

1. A Grande Comissão. O Senhor Jesus comissionou-nos a pregar, a batizar e a fazer discípulos em todo mundo (Mc 16.15; Mt 28.19). Esta ordenança é conhecida como a Grande Comissão. E tem como objetivos:
a) proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura; b) discipular os novos conversos, tornando-os fiéis seguidores de Cristo; c) integrá-los espiritual e socialmente na igreja local, a fim de que cresçam na graça e no conhecimento por intermédio da ação do Espírito Santo em sua vida, desfrutando sempre da comunhão dos santos.
2. O “ide”. O “ide” de Jesus significa também atravessar fronteiras. Anunciar o Evangelho em uma cultura diferente é o grande desafio da obra missionária. Não podemos desprezar a cultura de um povo a quem pretendemos evangelizar, nem impingir-lhe a nossa (1 Co 1.1,2).
A cultura de um povo deve ser avaliada e provada pelas Escrituras. Se por um lado toda cultura tem a sua beleza e bondade, pois o homem foi Criado por um Deus bom e amoroso, por outro, em consequência da Queda, as culturas foram manchadas pelo pecado e dominadas, em parte, por ações demoníacas. Você está pronto a pregar o Evangelho além de suas fronteiras? Prepare-se para este desafio.
3. A ordem é fazer discípulos em todas as nações. A palavra “nação” é a tradução do termo ethnos que se refere a grupos étnicos e não primariamente a países. Um país é uma nação politicamente definida. A etnia é um povo culturalmente definido com uma língua e cultura próprias. De acordo com alguns missiólogos, há no mundo 24.000 etnias. Quase a metade desse total ainda não foi evangelizada. Será que isto não o comove? Há milhões de pessoas que ainda não ouviram o Evangelho de Cristo. É urgente e imperioso o lema do apóstolo Paulo: “Esforçando-me deste modo por pregar o evangelho, não onde Cristo já fora anunciado” (Rm 15.20 — ARA).



SINOPSE DO TÓPICO (III)

O Senhor Jesus comissionou a Igreja para que pregue, batize e faça discípulos em todo o mundo.



CONCLUSÃO

A Missão Integral da Igreja realça a dupla vocação dos seguidores de Cristo revelada nos Evangelhos: sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16). A pregação da igreja local deve refletir o que ela é, faz e diz. O Senhor busca pessoas que não apenas ouçam o Evangelho, mas que o obedeçam prontamente (Lc 6.47,48). Obedeçamos, pois, as comissões que nos entregou o Senhor, mas principalmente a Grande Comissão ordenada por Jesus (Mc 16.15) consoante o lema da Missão Integral da Igreja: O Evangelho todo para o homem todo.

VOCABULÁRIO


Comissão Cultural: A tarefa dada por Deus ao homem de, através da graça comum, produzir uma cultura que reflita a ordem original da criação em todos os aspectos: na família, no trabalho, na ciência, nas artes, na política, etc (cf. Gn 1.26).
Grande Comissão: Incumbência dada por Jesus para se evangelizar o mundo todo.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


ZUCK, R. B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2008.
PETERS, G. W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed., RJ: CPAD, 2000.

EXERCÍCIOS


1. Porque a evangelização deve contemplar o ser humano como um todo?
R. Porque o ser humano não é composto apenas de alma e espírito, mas também possui necessidades físicas e emocionais.

2. O que é Missão Integral?
R. Proclamar a mensagem da salvação mediante a pregação e as ações que a esta se seguem, tendo sempre a visão total do homem.

3. O Evangelho visa somente a salvação do homem do pecado e do inferno? Por quê?
R. Não. Porque visa levá-lo a agir como instrumento transformador da sociedade na qual acha-se inserido.

4. Quais são os objetivos da Grande Comissão?
R. a) proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura; b) discipular os novos conversos; c) integrá-los espiritual e socialmente na igreja local.

5. O que você tem feito em favor da Grande Comissão?
R. Resposta pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico

“Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sociopolítico são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam.
[...] A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta” (Pacto de Lausanne, Suíça, 1974).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Teológico

“Evangelização e Cultura
O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus” (Pacto de Lausanne, Suíça, 1974).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO III


Subsidio Teológico

“Comissão Cultural
Entender o Cristianismo como uma cosmovisão de mundo é importante não somente para o cumprimento da comissão cultural — a chamada para criar uma cultura debaixo do senhorio de Cristo. Deus se importa não só com a redenção das almas, mas também com a restauração de sua criação. Ele nos chama para sermos agentes não apenas de sua graça salvadora, mas também de sua graça comum. Nosso trabalho não é somente construir a Igreja mas também construir uma sociedade para a glória de Deus” (COLSON, C.; PEARCEY. E Agora, Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000, pp.53,54).