sábado, 19 de maio de 2012

Lição 8: Filadélfia, a igreja do amor perfeito

Lição 8: Filadélfia, a igreja do amor perfeito
Data: 20 de Maio de 2012

TEXTO ÁUREO

Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele(1 Jo 2.5).

VERDADE PRÁTICA

Amar não é suficiente. É urgente que o nosso amor seja perfeito como perfeito é o amor com que Deus nos amou.

HINOS SUGERIDOS

20, 39, 46.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 3.7
Jesus é Santo e Verdadeiro
 
Terça - Is 22.22; Ap 3.7
Ele tem a chave da Casa de Davi
 
Quarta - Sl 110.1-7
Jesus — profeta, sacerdote e rei
 
Quinta - 1 Co 13; 2 Co 8.1-6
Amar — a maior obra
 
Sexta - Ap 3.11
O Senhor Jesus vem sem demora
 
Sábado - 2 Tm 4.8
Devemos amar a vinda do Senhor

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 3.7-13.
7 - E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre:
8 - Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
9 - Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.
10 - Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
11 - Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
12 - A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
13 - Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

INTERAÇÃO

Professor, nesta lição estudaremos a sexta carta enviada à igreja de Filadélfia. Essa igreja e a de Esmirna foram as únicas que não receberam nenhum tipo de repreensão do Senhor. Sabemos que não existem igrejas ou pessoas perfeitas. Como seres humanos, estamos sujeitos ao erro. Todavia, como servos de Cristo e igreja do Senhor, não amamos o pecado e não somos mais dominados por ele. Não temos mais prazer no erro. No decorrer da lição incentive seus alunos a viverem de modo santo, buscando sempre guardar a Palavra de Deus e exaltar o nome de Jesus, a fim de que no Dia do Senhor, que está bem próximo, possamos ouvir: “Vinde benditos de meu Pai, possui por herança o Reino que está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.35).

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Conhecer o contexto geográfico e histórico da cidade de Filadélfia.
  • Compreender como Jesus se apresenta a igreja de Filadélfia.
  • Elencar as principais características da igreja de Filadélfia.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, providencie cópias do quadro abaixo para os alunos. Utilize o quadro para fazer um resumo das cartas estudadas. Procure enfatizar os elogios e as repreensões. Explique que as mensagens encontradas nestas cartas são do Senhor Jesus e servem para as igrejas de nossos dias. Muitos problemas enfrentados pelas igrejas do passado são enfrentados por muitas igrejas da atualidade, por isso podemos aprender muito com cada carta.

COMENTÁRIO

introdução
Palavra Chave
Filadélfia: Amor fraternal; amor entre irmãos.
Filadélfia não era tão importante quanto Éfeso, nem tão rica como Laodiceia. No entanto, possuía um amor que tirava forças da fraqueza. E, de sua pobreza temporal, extraía bens eternos para enriquecer o mundo. Se a igreja em Filadélfia tinha algum segredo, era o amor que ela santificava a Cristo.
A uma igreja amante como Filadélfia, o Amado abre uma porta que ninguém poderia fechar. Sim, Jesus escancara-lhe os portais da evangelização e da obra missionária, levando-a a avançar como Reino de Deus além de suas fronteiras. Quando a igreja local é amorosa, logo Deus a universaliza.
I. FILADÉLFIA, A CIDADE DO AMOR FRATERNAL
1. A história de Filadélfia. Filadélfia foi estabelecida pelo rei Átalos Filadelfos II de Pérgamo em 189 a.C. Ao construir a cidade, tinha como objetivo helenizar a região que, até aquela época, usava como língua comum, o gálico.
O território da bíblica Filadélfia é ocupado, hoje, pela cidade turca de Alasehir, situada a 130 quilômetros ao leste de Esmirna.
2. A igreja em Filadélfia. À semelhança das demais igrejas da Ásia Menor, Filadélfia também foi estabelecida ou pelo apóstolo Paulo, ou por algum membro de sua equipe (At 19.10). Poucas informações temos dessa congregação, que passaria à história como a igreja do amor fraternal. A essa igreja, endereçou o Senhor Jesus uma carta carinhosa e terna.
 
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Filadélfia era a igreja do amor fraternal. Esta igreja não recebeu nenhuma repreensão do Senhor.
 
II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA
Ao anjo da igreja em Filadélfia, apresenta-se o Senhor Jesus como aquele que é Santo e Verdadeiro (Ap 3.7). Somente alguém com essas credenciais far-se-ia digno de receber do Pai a chave da casa de Davi, para abrir-nos todas as portas da oportunidade (Is 22.22).
1. Jesus, o Santo de Deus (Ap 3.7). A santidade é um dos principais atributos de Cristo. Embora separado do pecado, Ele não se separou dos pecadores, mas ofereceu-se, amorosa e sacrificalmente, para salvar-nos de nossas iniquidades (Hb 2.14).
Se Ele é santo, de sua Igreja requer santidade e pureza (1 Pe 1.16). Portanto, Filadélfia deveria fazer-se notória também pela santidade, pois sem esta ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Sua igreja é santa? Ela segue a paz com todos?
2. Verdadeiro (Ap 3.7). Apresentando-se também como verdadeiro, o Senhor Jesus demanda de sua Igreja uma postura verdadeira e confessante. Filadélfia tinha tais características. Por isso, estava disposta a professar o nome de Cristo até o fim. Ela não se conformava com este mundo.
3. A chave da Casa de Davi. Jesus é o representante mais autorizado da casa de Davi, pois somente Ele reuniu as condições necessárias para exercer o tríplice ministério messiânico: profeta, sacerdote e rei (Sl 110.1-7). Dessa forma, ficou ao seu encargo a chave da Casa de Davi que, no Antigo Testamento, fora confiada a Eliaquim (Is 22.22-25).
Apresentando-se assim a Filadélfia, Ele deixa bem claro que, na expansão do Reino de Deus, nenhuma porta haverá de prevalecer contra a Igreja, porque Ele as abrirá (Mt 16.13-19). Portanto, se nos dispusermos a alcançar os confins da terra, certamente seremos bem sucedidos. O que estamos esperando? Aleluia! Não há portas fechadas aos que se dispõem a ganhar o mundo para Cristo.
 
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Jesus se apresenta ao pastor da igreja em Filadélfia como aquele que é Santo e Verdadeiro. Filadélfia deveria fazer-se notória também pela sua santidade.
 
III. UMA IGREJA AMOROSA, PACIENTE E CONFESSANTE
Sendo rica em amor, Filadélfia era também abundante em obras e virtudes teológicas (Ap 3.8). Eis alguns traços da personalidade dessa igreja tão amorosa e tão amada:
1. Amar é a maior das obras. Embora nenhuma de suas obras haja sido particularizada por Cristo, a igreja em Filadélfia cumpria zelosa, e perseverantemente, os termos da Grande Comissão (Mt 28.19,20; At 1.8).
O que disso concluímos? Somente uma igreja amorosa se preocupa com a evangelização e com a obra missionária. Que exemplos temos nas igrejas da Macedônia (2 Co 8.1-6).
2. Força na fraqueza. Filadélfia não era uma igreja forte (Ap 3.8). Mas pela fé, sabia como tirar forças da fraqueza (Hb 11.34). Portanto, não importa se a sua igreja é pequena: faça grandes coisas para Deus. Ela é pobre? Enriqueça os miseráveis com o Evangelho de Cristo. Ela é desconhecida? Leve os pecadores a serem conhecidos como filhos diante do Pai.
3. Amorosa perseverança. Em meio às perseguições, Filadélfia jamais negou o nome do Senhor (Ap 3.8). Ela não capitulou diante do Império Romano, pois estava compromissada com o Reino de Deus.
Além das tribulações externas, a igreja em Filadélfia enfrentava, no âmbito doméstico, as investidas de um grupo denominado de sinagoga de Satanás (Ap 3.9). Tratava-se de uma gente herege e ímpia que, desfraldando impiamente a bandeira da Lei de Moisés, buscava anular a graça de Cristo. Paulo, aliás, tivera muitas dificuldades com esses indivíduos (Gl 1.1-7).
As dificuldades que os falsos obreiros causavam à Filadélfia não eram pequenas. Todavia, haveriam eles de reconhecer que a igreja, embora fraca, contava com um forte defensor: “Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo” (Ap 3.9).
Estejamos, pois, tranquilos. Jesus batalha nossas batalhas e guerreia nossas guerras.
 
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Filadélfia era uma igreja amorosa e paciente. Pela fé sabia como tirar forças da fraqueza.
 
IV. FILADÉLFIA NOS ÚLTIMOS DIAS
Enquanto Laodiceia existia para o aqui e o agora, Filadélfia tinha uma perspectiva escatológica verdadeiramente bíblica. Ela encarava com seriedade a iminência da volta de Jesus Cristo.
1. A iminência da volta de Jesus. Em sua carta à igreja em Filadélfia, o Senhor Jesus alerta-nos: “Eis que venho sem demora” (Ap 3.11). Nunca estas palavras fizeram-se tão urgentes quanto hoje. Basta ler os jornais, para se confirmar o cumprimento das profecias que preanunciam o arrebatamento da Igreja. Tenho certeza de que Filadélfia, ao receber tal exortação, alegrou-se muito, pois, amante como era, suspirava pelo Amado (2 Tm 4.8). E você? Ama realmente a volta do Senhor?
2. A Grande Tribulação. Muitas eram as tribulações que se abatiam sobre Filadélfia. De uma coisa, porém, sabia aquela amantíssima igreja: o Senhor não permitira viesse ela a ser alcançada pela Grande Tribulação. É o que nos promete Jesus: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).
Não tenha medo. Antes que chegue a angústia, Jesus virá arrebatar-nos. E assim estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.13-17).
3. A coroa de glória. A igreja em Filadélfia já havia recebido sua inteira aprovação do Senhor. No entanto, haveria ela de mostrar-se vigilante e cuidadosa para que ninguém lhe furtasse o galardão: “Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).
Está você vigilante e cuidadoso com o que lhe confiou Jesus? Não permita que o Diabo lhe roube no tempo os bens que o Senhor lhe preparou na eternidade (Ap 2.10).
 
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A igreja em Filadélfia tinha uma perspectiva escatológica verdadeiramente bíblica, por isso encarava com seriedade a iminência da volta de Jesus Cristo.
 
CONCLUSÃO
Mantenhamo-nos fiéis. O Senhor Jesus não tarda. Em seu inconfundível amor, promete-nos: “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome” (Ap 3.12).
Sabe você o que significa esta promessa? Além de termos o privilégio de morarmos nos céus por toda a eternidade, seremos lá tidos como ilustres. Sobre nós estará o nome de Deus, do Noivo e da Jerusalém Celeste.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

VOCABULÁRIO

Gálico: Relativo à Gália; gaulês.
Helenizar: Dar caráter grego a, tornar(-se) semelhante aos helenos, à sua cultura e civilização.
Terna: Relativo a ternura; meiga, afetuosa.
Capitulou: Entregou-se, se rendeu.
Desfraldando: Espalhando (notícia, palavras, doutrinas etc); divulgando.
Iminência: Aproximação, urgência.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para o seu Povo. 5.ed., RJ: CPAD, 2004.
HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.

EXERCÍCIOS

1. Como a igreja de Filadélfia passou para a história?
R. Como a igreja do amor fraternal.
2. Segundo a lição, qual é um dos principais atributos de Cristo?
R. A santidade.
3. Como Filadélfia sabia tirar força da fraqueza?
R. Pela fé em Jesus Cristo ela sabia tirar forças da fraqueza.
4. O que Jesus alertou em sua carta à igreja de Filadélfia?
R. O Senhor Jesus alertou: “Eis que venho sem demora” (Ap 3.11).
5. Você ama a volta do Senhor?
R. Resposta pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Bibliológico
“Filadélfia
Tinha sido fundada pelos cidadãos de Pérgamo, em uma região fronteiriça, como uma porta de entrada ao platô central da Ásia Menor. De Filadélfia, saíam rotas de comércio que levavam a Mísia, Lídia, e Frígia. A rota postal do império romano também passava por Filadélfia, e a cidade ganhou o nome ‘Porta para o Oriente’. As planícies ao norte eram propícias para a plantação de uvas, de maneira que a economia de Filadélfia se baseava na agricultura e na indústria. O terremoto de 17 d.C, que tinha destruído Sardes, também tinha sido particularmente devastador em Filadélfia, porque a cidade estava próxima a uma linha de falha geológica e sofreu muitos tremores de terra subsequentes. Isto fazia com que a população se preocupasse e levava muitos deles a viver fora dos limites da cidade. Filadélfia era uma igreja pequena em uma área difícil, sem prestígio e sem riquezas, desencorajada porque tinha crescido. Mas Cristo não tinha palavras de repreensão para esta igreja pequena e aparentemente insignificante, e Ele descreveu-se à igreja de Filadélfia como o que é santo, o que é verdadeiro. Este era um título familiar de Deus (veja Is 40.24; Hc 3.3; Mc 1.24; Jo 6.69)” (Comentário do Novo Testamento: Aplicação Pessoal. 1.ed., Vol.2, RJ: CPAD, 2009, p.846).

sábado, 12 de maio de 2012

Lição 7: Sardes, a igreja morta

Lição 7: Sardes, a igreja morta
Data: 13 de Maio de 2012

TEXTO ÁUREO

Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá(Ef 5.14).

VERDADE PRÁTICA

Somente o Espírito Santo pode reavivar a Igreja e levá-la a posicionar-se como a agência por excelência do Reino de Deus.

HINOS SUGERIDOS

57, 175, 530.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Rm 6.3
Em Cristo, somos todos batizados
Terça - Jo 17.2; At 3.15
Cristo: o Autor da vida
Quarta - Gn 1.3; Lc 1.35; Jo 3.5
O Espírito Santo nos dá vida
Quinta - Ef 5.23; 1 Pe 1.17-19
Cristo resgatou a Igreja com seu precioso sangue
Sexta - Ap 3.3
Devemos nos lembrar do que temos recebido
Sábado - Jr 48.10
Não podemos ser relapsos com o Senhor

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 3.1-6.
1 - E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.
2 - Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
3 - Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
4 - Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.
5 - O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
6 - Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

INTERAÇÃO

Prezado professor, estudaremos nesta lição acerca da igreja de Sardes. A igreja se encontrava morta espiritualmente. Aparentemente estava bem, o seu exterior físico era excelente. No entanto, podemos definir essa igreja da mesma maneira que Cristo definiu os escribas e os fariseus: “Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23.27).

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Identificar os problemas pertinentes a igreja de Sardes.
  • Compreender que não podemos viver de aparência.
  • Reconhecer que somente o Espírito Santo pode vivificar uma igreja espiritualmente morta.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para concluir a lição deste domingo, explique aos alunos que mesmo sendo uma igreja morta espiritualmente, Sardes abarcava remanescentes fiéis ao Senhor. Diga a eles que atualmente há igrejas que se encontram como a de Sardes: mortas na vida espiritual. Mas, graças ao Senhor, há dentro dessas igrejas homens e mulheres que permanecem fiéis a Deus. A carta à Igreja de Sardes é um aviso de Cristo para que não nos descuidemos da comunhão com Ele.

COMENTÁRIO

introdução
Palavra Chave
Morte: Fim; desaparecimento gradual de qualquer coisa que se tenha desenvolvido por algum tempo.
A igreja em Sardes foi morrendo aos poucos até esvaziar-se por completo do Espírito Santo. Agora, já não passava de um cadáver. Mas aos olhos humanos, parecia bem viva. Assemelhava-se aos defuntos preparados em ricas funerárias. Bem maquiada e vestida ricamente, impressionava por sua vida sem vida. Ela, porém, já começava a cheirar mal.
Muitas igrejas, hoje, assemelham-se a Sardes. Morreram e não o sabem. Vivem do passado, pois já não existem no presente. Ao invés do registro do novo nascimento, o atestado de um óbito que poderia ter sido evitado. Era só angustiar-se por um avivamento.
Todavia, o Senhor Jesus quer reavivá-las. O Espírito Santo haverá de soprar-lhes a vida, para que se reergam neste vale de ossos sequíssimos. Somente um reavivamento ressuscitará as igrejas que, apesar de terem história, já não fazem história.
I. A IGREJA EM SARDES
1. A cidade de Sardes. A cidade de Sardes, por estar situada a quinhentos metros acima do nível do mar, considerava-se inexpugnável. Ela orgulhava-se também de seus fabulosos tesouros. Suas abundâncias vinham, em parte, do rio Pactolos, que lhe fornecia ouro e prata em grandes quantidades. Suas águas, de tão excelentes, eram tidas como indispensáveis à boa saúde.
Sardes fazia parte do Reino da Lídia, cujos monarcas tornaram-se notórios por sua magnificência. Haja vista o fabuloso Creso. Ascendendo ao trono no sexto século a.C, este rei acumulou tantos bens, que o seu nome veio a tornar-se sinônimo de riqueza. No mundo antigo, este ditado era corrente: “Rico como Creso”.
Quem visita, hoje, a Turquia, espanta-se com as ruínas de Sardes. Nem sombra há daquele reino que se elevava aos céus.
2. A igreja em Sardes. Fundada provavelmente pelo apóstolo Paulo, a igreja em Sardes exalava abundante vida. De um amontoado de gente oriunda de várias etnias, o Espírito Santo batizou a todos no corpo de Cristo (Rm 6.3). E apesar da diversidade cultural, todos agora achavam-se irmanados no Autor da vida (Nm 27.16; Jo 17.2; At 3.15).
Mas, não demorou muito, e Sardes começou a necrosar-se; morria e não percebia que estava morrendo (Ap 3.1).
Sardes, agora, vivia de aparências. Embora parecesse avivada, jazia sem vida. Sua liturgia até lembrava o cenáculo, mas não passava de uma bem ritmada marcha fúnebre. Este é o retrato de algumas igrejas. No exterior, a caiadura bela; no interior, o acúmulo de mortos (Mt 23.27). E os que ainda vivem já não suportam o mal cheiro dos que apodrecem moral e espiritualmente.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Situada em uma região próspera, a igreja de Sardes, outrora avivada, agora vive de aparência.
II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA
À igreja em Sardes, apresenta-se Jesus como aquele que tem os sete Espíritos de Deus. Dessa forma, o Senhor realça a ação plena do Espírito Santo na Igreja de Cristo. Somente o Consolador pode vivificar uma igreja morta. Lembra-se do vale de ossos secos visto por Ezequiel? Se buscarmos a Deus, o Senhor Jesus assoprará sobre nós o seu Espírito. Cada osso com o seu osso se ajuntará; os nervos e tendões aparecerão e as carnes vestirão todos os esqueletos, prontificando-os como o poderoso exército de Jeová (Ez 37).
1. O que tem os sete Espíritos de Deus (Ap 3.1). Era urgente que Sardes soubesse: sem o Espírito Santo, a vida é impossível. Foi Ele quem transmitiu movimento e beleza a uma terra sem forma e vazia (Gn 1.1,2). No ventre da virgem de Nazaré, concebeu o Filho de Deus (Lc 1.35). E no Pentecostes, derramou-se sobre os discípulos (At 2.1-4). Sem o Espírito Santo, não há regeneração, pois o novo nascimento é operado por Ele (Jo 3.5). Se Sardes estava morta, carecia com urgência do Espírito da vida (Rm 8.2).
2. Os sete Espíritos de Deus. Existe apenas um único Espírito Santo (Ef 4.4). Sua ação, todavia, é tão perfeita e eficaz, que Isaías setuplamente o descreve: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2). Através da sétupla ação do Espírito Santo, o Senhor Jesus traz novamente vida as igrejas que, à semelhança de Sardes, deixaram-se esvaziar de Deus.
3. As sete estrelas. Apresenta-se Jesus, também, como o soberano da Igreja. Tanto local, quanto universalmente, Ele é a cabeça da Igreja, pois resgatou-a com o seu precioso sangue (Ef 5.23; 1 Pe 1.17-19). Eis porque os pastores, no Apocalipse, são representados como as estrelas que se acham na destra do Cordeiro (Ap 1.20; 3.1). Portanto, se alguém quer brilhar, que brilhe nas mãos do Senhor como luz de um mundo que jaz no maligno.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
O Espírito de Santo é aquele que pode vivificar uma igreja espiritualmente morta.
III. A DOENÇA E A MORTE DE UMA IGREJA
Aos olhos das demais igrejas, Sardes exibia-se bela e viva. Mas aos olhos de Cristo, não passava de um defunto bem produzido. Aliás, a sua certidão de óbito já estava lavrada com a explicitação da causa mortis.
1. Perda de memória. A primeira doença a atingir a igreja em Sardes foi a perda de sua memória espiritual. Embora vivesse do passado, já não conseguia lembrar-se do que recebera de Deus. A exortação do Senhor é urgente: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te” (Ap 3.3).
A situação de Sardes era mais grave do que a de Éfeso. Esta igreja ainda podia lembrar-se do primeiro amor e voltar ao local onde caíra. Mas aquela, posto já estar morta, carecia de uma ressurreição; um grande e poderoso reavivamento. O Senhor Jesus, porém, tanto nos restaura a memória espiritual, como nos faz ressurgir dentre os mortos (Ef 5.14).
2. Desleixo. Esta foi a segunda doença de Sardes: desleixo. Embora não sejamos perfeitos, nossas obras têm de primar pela excelência. A igreja em Sardes, todavia, desprezando o padrão divino, fizera-se tão relapsa, que o Senhor já não a suportava: “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2).
No âmbito do Reino de Deus, a perfeição é o padrão mínimo aceitável, conforme recomenda o apóstolo: “se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12.7.8). A perfeição na Igreja de Cristo só é possível se amarmos o Cristo da Igreja.
De que forma tratamos a Obra de Deus? Lembremo-nos da advertência de Jeremias: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulentamente!” (Jr 48.10).
3. Descaso para com o remanescente fiel. No necrotério de Sardes, havia alguns crentes que ainda respiravam. E o Senhor estava preocupado com eles: “Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2). Jesus queria preservar a vida daqueles poucos homens e mulheres que não haviam contraído as moléstias deste século: orgulho, rebelião, adultério, fornicação, heresias, roubo, cobiça, calúnias.
É hora de confirmar os que ainda respiram. Confirmemo-los através da Palavra de Deus, da oração, da comunhão dos santos e do serviço evangelístico e missionário. Quanto aos que já morreram, que ouçam a voz de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef 5.14).

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Apesar de morta espiritualmente, havia na igreja de Sardes alguns remanescentes fieis, e fervorosos.

CONCLUSÃO
Se o anjo da igreja em Sardes não cumprisse os seus deveres, teria o nome riscado do Livro da Vida: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5). Sabe o que isso significa? Separação eterna de Deus. Sim, desempenhar o ministério cristão de forma relapsa e profana pode levar o obreiro a comprometer a própria salvação. Muito cuidado!
Finalmente, irmãos, a Igreja de Cristo é lugar de vivos. Nosso Deus não é Deus de mortos (Mc 12.27).

VOCABULÁRIO

Caiadura: Disfarce, dissimulação, falsa aparência.
Causa Mortis: Lat. Causa da morte.
Inexpugnável: Inconquistável. Irmanados: Unidos como irmãos; emparelhados.
Necrosar-se: Gangrenar-se; destruir-se.
Necrotério: Local onde ficam os cadáveres.
Relapsa: Que ou aquele que é negligente no cumprimento de suas obrigações; relaxado.
Sétupla: Número que vale sete vezes outros.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, S. M. Apocalipse. As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
LAWSON, S. J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed., RJ: CPAD, 2004.

EXERCÍCIOS

1. Segundo a lição, quem fundou a igreja de Sardes?
R. O fundador provavelmente da Igreja de Sardes é o apóstolo Paulo.
2. Embora parecesse avivada, como vivia a igreja de Sardes?
R. Sardes vivia de aparência, ela já estava morta espiritualmente.
3. Quem somente pode vivificar uma igreja morta?
R. Somente o Espírito Santo pode vivificar uma igreja morta.
4. Segundo a lição, qual foi a primeira doença a atingir Sardes?
R. Foi à perda da memória espiritual.
5. Você se considera vivo ou morto para Deus?
R. Resposta pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico
“O que Tem os Sete Espíritos
Jesus declara ser o que possui os sete Espíritos de Deus. Sete é o número da perfeição e da plenitude. Isto não significa que haja sete Espíritos Santos. Há apenas um Espírito de Deus. Mas quando o Espírito chega, vem pleno e com perfeição de poder. Apenas um espírito cheio de energia pode inflamar os corações, dar energia ao louvor, convencer do pecado, quebrantar, tirar o fardo e habilitar ministros.
A chave para o reavivamento nesta — e em todas as igrejas mortas — está com Cristo. Apenas Jesus pode derramar o Espírito sobre uma congregação. E apenas o Espírito Santo pode reavivar a igreja. O reavivamento acontece apenas através da prerrogativa divina, jamais pela vontade humana. O profeta Zacarias disse: ‘Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos’ (Zc 4.6)” (LAWSON, S. J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed., RJ: CPAD, 2004, pp.143,44).

Lição 5 - Pérgamo, a igreja casada com o mundo