terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Lição 12: As consequências do jugo desigual

Lição 12: As consequências do jugo desigual
Data: 18 de Dezembro de 2011

TEXTO ÁUREO


Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?(2 Co 6.14).

VERDADE PRÁTICA


O casamento não é um mero contrato social, mas uma instituição divina que tem de ser levada a sério e firmada de acordo com a vontade de Deus.

HINOS SUGERIDOS


187, 151, 131.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Êx 32.9
Povo obstinado para pecar


Terça - Dt 7.1-4
A proibição do casamento misto


Quarta - 2 Co 6.14
A proibição do “jugo desigual”


Quinta - 1 Rs 11.1-5
A perversão pela poligamia


Sexta - Tt 2.14
A igreja é o povo especial de Deus


Sábado - 1 Pe 1.15
A igreja deve ser um povo santo para Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Neemias 13.23-29.

23 - Vi também, naqueles dias, judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas.
24 - E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo.
25 - E contendi com eles, e os amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os fiz jurar por Deus, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a seus filhos e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos.
26 - Porventura, não pecou nisso Salomão, rei de Israel, não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele, e sendo amado de seu Deus, e pondo-o Deus rei sobre todo o Israel? E, contudo, as mulheres estranhas o fizeram pecar.
27 - E dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, prevaricando contra o nosso Deus, casando com mulheres estranhas?
28 - Também um dos filhos de Joiada, filho de Eliasibe, o sumo sacerdote, era genro de Sambalate, o horonita, pelo que o afugentei de mim.
29 - Lembra-te deles, Deus meu, pois contaminaram o sacerdócio, como também o concerto do sacerdócio e dos levitas.

INTERAÇÃO


Nesta penúltima lição, estudaremos acerca do casamento misto. Deus nunca aprovou a união dos israelitas com os cananeus. Todas as vezes que Israel desobedeceu à ordenança do Senhor sobre o casamento misto, sofreu duras consequências. Da mesma forma também não é da vontade de Deus o casamento entre o fiel e o infiel. Como pode haver comunhão genuína entre o casal, que não concorda entre si sobre questões espirituais? Casamento é sinônimo de união, por isso, o casal deve viver e caminhar em amor.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Conscientizar se de que o casamento é uma instituição divina.
  • Compreender que Deus não aprova o casamento misto.
  • Entender que o jugo desigual acarreta pesadas consequências.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, no início da aula faça a seguinte pergunta aos alunos: Água e óleo se misturam? Sabemos que se trata de substâncias heterogêneas, logo, não se misturam. Estão no mesmo recipiente, mas um não cede ao outro. Com os casamentos mistos, ocorre o mesmo processo, ou seja, não há unidade. Como andarão juntos se não professam a mesma fé? Qual educação religiosa prevalecerá em relação aos filhos? Em que tipo de fé serão ensinados? Sigamos a ordem do Senhor de não contrair matrimônio com os infiéis, para que tenhamos uma família abençoada por Ele.

COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Casamento: União voluntária de um homem e uma mulher.

O que é o casamento? Não é um mero contrato social nem um subproduto da cultura humana. O casamento é uma instituição divina e, como tal, deve ser devidamente considerado, conforme recomenda-nos a Palavra de Deus: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb 13.4).
Nesta lição, por conseguinte, veremos como o cristão deve encarar o casamento. Veremos, ainda, como as uniões mistas prejudicam o povo de Deus e por que o crente não se deve pôr num jugo desigual com os incrédulos.

I. O CASAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO

1. A natureza do casamento. O casamento é uma instituição estabelecida por Deus como parte de sua criação. Trata-se de uma aliança monogâmica e heterossexual, comprometendo um homem e uma única mulher (Gn 1.26,27; 2.18; 3.16). De ambos, fez o Senhor uma só carne (Gn 2.24). Logo, a união entre pessoas do mesmo sexo é abominação aos olhos de Deus (Lv 18.22).
O matrimônio é a base da sociedade e, segundo a ordenança bíblica, não pode ser dissolvido: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6b). A única exceção para a dissolução de um casamento é aquela apontada por Cristo: “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério]” (Mt 19.9 — ARA).
2. Casamentos proibidos. Deus ordenou aos israelitas, após a saída do Egito, que não se misturassem às nações cananeias, pois estas eram idólatras e abomináveis aos seus olhos (Êx 33.2). A ordem era clara e Israel não poderia ignorá-la, porque os casamentos mistos acabariam por quebrar a aliança divina, tornando o povo de Deus semelhante aos gentios (Dt 7.1-6).
Apesar de todas as advertências, Salomão não observou os preceitos divinos. Ele uniu-se por casamento aos povos ímpios e pagãos, acerca dos quais o Senhor advertira a Israel que não fizesse aliança com eles. Diz a Bíblia que o rei de Israel “andou em seguimento de Astarote, deusa dos sidônios, e em seguimento de Milcom, a abominação dos amonitas” (1 Rs 11.5). Salomão desobedeceu a Deus e levou Israel à ruína. Sob a influência de suas mulheres estrangeiras, construiu altares aos deuses estranhos, caindo assim no pecado da idolatria (1 Rs 11.6-8). Cuidado com as uniões que desagradam a Deus.
Quem não leva em conta os mandamentos divinos sofrerá pesadas consequências.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Os israelitas receberam a ordem divina de não se misturar com os cananeus.


II. O CASAMENTO MISTO NO TEMPO DE NEEMIAS

1. A constatação do erro. Neemias observou que os judeus, após a volta do cativeiro babilônico, estavam caindo no mesmo pecado de Salomão: “Vi também, naqueles dias, judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas” (Ne 13.23).
Os judeus sabiam muito bem que Deus era contra os casamentos mistos, pois estes, além de contrariar os seus mandamentos, sempre acabavam por trazer sérias consequências à nação (Ne 13.26). A ordenança do Senhor era clara e não comportava nenhuma dúvida: “Não darás tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós e depressa vos consumiria” (Dt 7.3,4).
No entanto, Israel não ouviu a Deus e frontalmente o desobedeceu, suscitando a ira divina contra todo o povo. Como você, jovem, tem agido em relação ao casamento? Tem levado em conta a vontade divina ou o seu próprio querer?
2. As consequências do casamento misto. Por causa dos casamentos mistos, as famílias judaicas começavam a enfrentar um sério problema: a perda de todas as suas referências culturais e espirituais: “E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo” (Ne 13.24). Como se vê, as mulheres asdoditas exerciam mais influência sobre os filhos dos judeus do que os seus próprios pais. Se as crianças não falavam o hebraico, isto significava que não estavam sendo educadas no caminho de Deus (Lv 20.7), mas criadas como pagãs. Você tem conduzido seus filhos no Evangelho?


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Por causa do casamento misto as famílias judaicas passaram a enfrentar problemas.


III. RESPONSABILIDADE MINISTERIAL ACERCA DO CASAMENTO

1. O jugo desigual. A reação de Neemias contra os casamentos mistos fez-se pronta e energicamente (13.25). Ao retornar a Jerusalém (13.6,7), adotou várias medidas saneadoras tanto na administração da cidade quanto no exercício do santo ministério. Ele sabia que o povo jamais teria a bênção de Deus se continuasse a misturar-se com os idólatras.
Não podemos ignorar os perigos do jugo desigual. A família cristã tem de ser bem constituída. Que os nossos jovens levem sempre em consideração o conselho de Paulo: “Casar com quem quiser, mas somente no Senhor” (1 Co 7.39 — ARA). O apóstolo adverte ainda: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?” (2 Co 6.14,15).
2. As consequências do jugo desigual. Há crentes que, embora dedicados ao serviço do Senhor, ignoraram a recomendação divina e vieram a contrair núpcias com pessoas que não compartilham a mesma fé. E hoje sofrem pesadas consequências. Seus filhos, à semelhança das crianças israelitas do tempo de Neemias, não possuem quaisquer referências espirituais. Além do mais, quando o descrente influencia o crente, este logo apostata da fé. Que Deus nos livre do naufrágio espiritual!
Não estamos sugerindo que o crente se divorcie do cônjuge descrente, até porque a Palavra de Deus recomenda exatamente o contrário: “[...] Se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido” (1 Co 7.12,13 — ARA). No entanto, insistimos: os que estão para se casar, observem a Palavra de Deus e não se ponham num jugo desigual com os incrédulos.
3. Uma recomendação sempre atual. Que jamais venhamos a esquecer-nos do exemplo de Neemias. Aconselhemos nossos jovens e os que estão para se casar, que procurem agir segundo a vontade de Deus. E não se casem com os que não partilham a mesma fé. Basta um passo errado para que toda uma vida seja irremediavelmente prejudicada. Nossas decisões não podem ser tomadas levianamente. A exemplo de Neemias, oremos ao Senhor, pedindo-lhe venha abençoar e purificar o seu povo (Ne 13.29)!


SINOPSE DO TÓPICO (III)

Os líderes devem orientar os jovens acerca das terríveis consequências de se contrair matrimônio com infiéis.


CONCLUSÃO

Deus instituiu o casamento para ser uma bênção. No entanto, precisamos obedecer ao Senhor, para que as suas promessas cumpram-se em nossas vidas. Não podemos esquecer os conselhos bíblicos quanto à vida conjugal. Que a igreja esteja sempre atenta quanto à preservação dos valores familiares cristãos. Invistamos no aconselhamento dos que estão para se casar e dos que já se casaram, para que nada venha prejudicar o nosso lar, e assim tenhamos condições de professar como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


BENTHO, E. C. A Família no Antigo Testamento. História e Sociologia. 5.ed., RJ: CPAD, 2011.

EXERCÍCIOS


1. Segundo a lição, o que é casamento?
R. Segundo a lição, casamento é uma instituição estabelecida por Deus como parte de sua criação.

2. Qual a ordenança de Deus aos israelitas após saírem do Egito?
R. Ao saírem do Egito Deus ordenou que os israelitas não se misturassem com as nações cananeias.

3. Quais as consequências das famílias judaicas após contraírem uniões mistas?
R. Israel estava perdendo todas as suas referências culturais e espirituais.

4. Como Neemias reagiu aos casamentos mistos dos israelitas?
R. A reação de Neemias se fez pronta e enérgica.

5. Você tem pedido a Deus direção para a sua vida sentimental?
R. Resposta Pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Teológico

“Na época de Neemias, era necessário que o pecado fosse claramente identificado e que o povo de Deus fosse mantido rigorosamente separado da influência das nações pagãs daquela época. Só assim o plano redentor de Deus poderia ser executado em seu devido tempo, e todos os povos do mundo teriam a oportunidade de receber os benefícios da salvação.
Apesar da grande reforma feita por Esdras, a respeito de alianças matrimoniais com nações estrangeiras, e, apesar do pacto que havia sido recentemente ratificado no qual o povo havia prometido abster-se desse costume, Neemias descobriu ao voltar de Susã que muitos judeus da comunidade haviam novamente voltado à pratica de se casar com mulheres (pagãs) estranhas. Mulheres estranhas seriam ‘esposas estrangeiras’. Como consequência, as crianças seriam criadas em lares judeus que não falavam a língua de seus pais. Nesta questão, até a família do sumo sacerdote Eliasibe havia desobedecido à lei de Moisés. Eliasibe estava ligado, por casamento, a Tobias [...]. Mas, o que era pior, um de seus netos, que estava na sua linhagem de sucessão, havia se casado com a filha de Sambalate, o maior inimigo dos judeus desse período” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. II, 1.ed., RJ: CPAD, 2005, p.535).

Lição 11: O dia de adoração e serviço a Deus

Lição 11: O dia de adoração e serviço a Deus
Data: 11 de Dezembro de 2011

TEXTO ÁUREO


No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite(At 20.7 — ARA).

VERDADE PRÁTICA


O domingo, como dia de adoração e serviço, é o referencial mínimo que o crente deve consagrar ao Senhor.

HINOS SUGERIDOS


186, 189, 432.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Êx 31.14
O sábado é dia santo para Israel


Terça - Êx 31.16,17
O sábado é concerto perpétuo para Israel


Quarta - Mt 12.1
Os discípulos colheram espigas no sábado


Quinta - Mt 12.8
Jesus é Senhor do sábado


Sexta - Lc 13.16
Jesus curava no sábado


Sábado - Mc 16.9
Jesus ressuscitou num domingo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Neemias 13.15,17; Atos 20.7-12.

Neemias 13
15 - Naqueles dias, vi em Judá os que pisavam lagares ao sábado e traziam feixes que carregavam sobre os jumentos; como também vinho, uvas e figos e toda casta de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles no dia em que vendiam mantimentos.
17 - E contendi com os nobres de Judá e lhes disse: Que mal é este que fazeis, profanando o dia de sábado?

Atos 20
7 - No primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e alargou a prática até à meia-noite.
8 - Havia muitas luzes no cenáculo onde estavam juntos.
9 - E, estando um certo jovem, por nome Êutico, assentado numa janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o extenso discurso de Paulo; e foi levantado morto.
10 - Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está.
11 - E, subindo, e partindo o pão, e comendo, ainda lhes falou largamente até á alvorada; e, assim, partiu.
12 - E levaram vivo o jovem, e ficaram não pouco consolados.

INTERAÇÃO


Deus havia ordenado na lei de Moisés, que os israelitas guardassem o dia de sábado. O propósito era que o povo tivesse um dia de descanso, a fim de adorar ao Senhor. Todavia, por diversas vezes, eles não cumpriam esta ordenança divina. No tempo de Neemias não foi diferente. Bastou o servo de Deus se ausentar por um período de tempo para que o povo voltasse a não observar a guarda do sábado. Neemias, num gesto de temor a Deus, mandou que os mercadores se ausentassem da cidade e parassem com o comércio. Sabemos que a guarda do sábado era um sinal da aliança de Deus com Israel, porém, na Nova Aliança, a morte vicária de Jesus fez com que as exigências cerimoniais da lei fossem canceladas. Para o cristão o domingo é o dia de adoração e serviço a Deus.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Compreender que a guarda do sábado foi ordenada pelo Senhor.
  • Conhecer os prejuízos do descumprimento do mandamento de Deus.
  • Conscientizar-se de que a morte vicária de Jesus anulou as exigências cerimoniais da lei.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, tire cópias do quadro abaixo para seus alunos. Utilize este recurso para introduzir o tópico III da lição. Leia e discuta com os alunos cada tópico do quadro.


COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Consagração: Do latim consecrationem. Dedicação amorosa e sacrifical ao serviço divino.

No Antigo Testamento, Deus ordenou aos israelitas que guardassem o sábado como dia de repouso e de adoração. Os filhos de Israel, porém, ignorando o mandamento divino, quebrantavam constantemente o dia santo. Haja vista o que aconteceu na época de Neemias. Já egressos do exílio e já instalados em sua terra, os judeus continuaram a profanar o dia do Senhor.
Neemias, então, ordenou que ao pôr do sol da sexta-feira, quando tinha início o sábado, fossem as portas de Jerusalém devidamente fechadas para que ninguém vendesse ou comprasse. Assim, o sábado não seria violado.
Na aula de hoje, veremos que não é o sábado, em si, que precisa ser observado, mas o princípio de se separar pelo menos um dia na semana para o descanso e adoração a Deus.

I. DEUS ORDENA A GUARDA DO SÁBADO

1. Uma ordenança divina para os israelitas. “Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica” (Êx 31.13). A observância do sábado era parte do concerto que Deus fizera com Israel e constituía-se num sinal de que este era um povo santo, separado das demais nações e que pertencia exclusivamente a Deus. Nesse dia, os israelitas consagravam-se a servir e adorar ao Senhor. A Igreja de Cristo também tem um dia no qual se dedica integralmente a Deus. Referimo-nos ao domingo, que é o primeiro dia da semana, pois neste o Senhor Jesus ressuscitou (Mc 16.2,9). É um princípio que todos os crentes devem considerar seriamente.
2. Um sinal entre Deus e o seu povo. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, “Deus ordenou a guarda do sábado como um sinal de sua aliança e do seu relacionamento com Israel” (Êx 31.12-17). O sábado representava o selo da aliança mosaica (cf. Is 56.4,6). Por conseguinte, quem o profanasse, pagaria com a própria vida: “Qualquer que no dia de sábado fizer obra, certamente morrerá” (Êx 31.15).
3. O propósito divino da guarda do sábado. A guarda do sábado tinha como propósito proporcionar ao homem um dia de descanso, adoração e serviço ao Senhor. O povo, reunido em assembleia solene, trazia-Lhe suas ofertas. O sábado, pois, era um dia de regozijo e alegria na presença de Deus. Os que amavam e obedeciam ao Senhor não tinham dificuldades em guardá-lo, pois a sua observância lembrava-os que Deus os havia libertado da escravidão do Egito (Dt 5.15).


SINOPSE DO TÓPICO (I)

A guarda do sábado era uma ordenança divina para os israelitas.


II. O DESCUMPRIMENTO DA LEI MOSAICA NO TEMPO DE NEEMIAS

1. O desrespeito pela guarda do sábado. Neemias tinha consciência de que o povo quebrara os mandamentos do Senhor em diversas ocasiões. Por conseguinte, todos deveriam saber que, cumprir a Lei, não era uma opção: era algo que o Senhor demandava dos israelitas. Se estes, porém, violassem o mandamento, seriam punidos com toda a sorte de maldições descritas em Levítico 26.13-33.
Hoje, embora não precisemos observar o sábado, temos de levar em conta esse princípio e consagrar a Cristo pelo menos um dia na semana para adorá-lo, estudar a sua Palavra na Escola Dominical e cultuar a Deus em nossas reuniões.
2. A ganância dos mercadores. Neemias protestou contra os negociantes que desrespeitavam o sábado (Ne 13.20,21). Visando apenas os lucros, os tais pouco se importavam com o bem estar social e espiritual da nação. Por isso, Neemias decidiu agir energicamente. Ele não se calou diante do pecado; não podia compactuar com o erro. Qual a nossa postura diante do pecado? Condenamo-lo? Ou mostra-nos lenientes com a transgressão?
3. Neemias proíbe o comércio no sábado. Neemias ordenou que, na sexta-feira, ao pôr do sol, os portões da cidade fossem fechados e assim permanecessem até ao final do sábado. Como os mercadores continuassem fora da cidade, Neemias deu-lhes um ultimato: “Por que passais a noite defronte do muro? Se outra vez o fizerdes, hei de lançar mão sobre vós” (Ne 13.21). Os comerciantes, atemorizados, foram embora. Neemias, então, exortou os judeus e gentios de Jerusalém a que guardassem o sábado, a fim de evitar o juízo divino sobre a cidade. E quanto a nós? Temos separado um dia na semana para servir a Deus? Ou estamos preocupados demais com o aumento de nosso patrimônio?


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Neemias exorta o povo a guardar o Dia do Senhor.


III. A GUARDA DO SÁBADO EM O NOVO TESTAMENTO

1. A essência do dia de descanso. É imprescindível que o ser humano tenha, ao menos, um dia de descanso semanal, a fim de conservar a sua saúde física, mental e espiritual. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “aqueles que desprezam o princípio do dia semanal de descanso provocam sua própria ruína”, pois somos o “templo do Espírito Santo” (cf. 1 Co 3.16,17; 6.19).
No entanto, há pessoas que, ansiosas quanto ao futuro, não separam um dia sequer para descansar. E acabam, por isso, desenvolvendo doenças como hipertensão, enxaqueca e insônia.
Algumas chegam ao óbito prematuramente. E o que dizer do crente que assim age? Será que ele ainda não sabe que a comunhão dos santos traz vida e vigor tanto para a alma quanto para o corpo? Leia atentamente o Salmo 133.
2. Jesus e o dia de descanso. Certa vez, Jesus foi inquirido pelos fariseus quanto ao fato de os seus discípulos colherem espigas num dia de sábado. Respondeu-lhes o Senhor que nenhuma lei estava sendo transgredida, pois semelhantemente agira Davi e seus homens quando premidos pela fome. Além do mais, era Ele o Senhor do sábado (Mc 2.26-28). Segundo Lawrence Richards, Jesus deixou-lhes bem claro que “somente Ele tem o direito de determinar o que é e o que não é desrespeitar o sábado”.
Cristo aproveitou a oportunidade para explicar aos fariseus, que o sábado fora criado por causa do homem e não o homem por causa do sábado (Mc 2.27). Aliás, Ele sempre posicionou-se contra o abuso dos fariseus a respeito da guarda do sábado. Todavia, Ele nunca anulou o princípio de que o homem precisa de um dia de descanso. Como você tem tratado o seu corpo? Tem reservado um dia para repousar e servir a Deus?
3. O cristão deve guardar o sábado? Não! O sábado judaico não é mais obrigatório para os crentes, pois já não estamos sob o jugo da Lei (Rm 6.14). Com a morte expiatória de Jesus, as exigências cerimoniais da legislação mosaica foram completamente canceladas, pois todas foram plenamente cumpridas em Cristo e por Cristo (Cl 2.14,16). Então, por que guardamos o domingo? Como Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana, isto é, hum domingo (Mt 28.1), a Igreja Primitiva passou a reunir-se nesse dia para adorar e servir a Deus (At 20.7; 1 Co 16.2). Por isso, os cristãos celebramos o domingo como dia de descanso, adoração e comunhão maior com o Senhor e com o seu povo. O que não podemos deixar de ter é, pelo menos, um dia para estarmos com o Senhor, em sua casa, adorando-o em espírito e em verdade.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

A morte vicária de Jesus Cristo aboliu as exigências cerimoniais da legislação mosaica.


CONCLUSÃO

O domingo, como o primeiro dia da semana, foi o dia instituído pela Igreja Primitiva para sua principal reunião. Assim, devemos nós continuar celebrando-o como dia de descanso e adoração. Embora não tenhamos obrigação de guardar o sábado judaico, precisamos valorizar o descanso semanal, para que possamos adorar ao Senhor e mantermo-nos saudáveis, física, mental e espiritualmente.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


SOARES, E. Heresias e Modismos. Uma análise crítica das sutilezas de Satanás. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
RHODES, R. O Cristianismo Segundo a Bíblia. A religião cultural e a verdade bíblica. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.

EXERCÍCIOS


1. O que significa a observância do sábado para os judeus?
R. Significava que os israelitas eram um povo santo, separado das demais nações e que pertencia exclusivamente a Deus.

2. Por que o Senhor ordenou a guarda do sábado para os judeus? E qual o seu propósito?
R. Deus ordenou a guarda do sábado como um sinal de sua aliança e do seu relacionamento com Israel. O propósito era proporcionar ao homem um dia de descanso, adoração e serviço ao Senhor.

3. Por que Neemias agiu energicamente contra os negociantes?
R. Porque se os israelitas violassem o mandamento, seriam punidos com toda a sorte de maldições descritas em Levítico 26.13-33.

4. Segundo Jesus Cristo, para quem foi criado o sábado?
R. O sábado foi criado para o homem.

5. Por que precisamos valorizar o descanso semanal?
R. Porque precisamos ter um dia para estarmos com o Senhor, em sua casa, adorando-o em espírito e em verdade.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Teológico

“A palavra hebraica para sabbath significa ‘cessão’. O sabbath era o dia santo e o dia de descanso tanto para os homens quanto para os animais (Êx 20.8-11). Esse dia celebra o descanso de Deus depois de sua obra de criação do mundo (Gn 2.2). Deus estabeleceu o padrão para a vida — trabalhar seis dias e descansar no sétimo. Assim a origem do sabbath encontra-se no relato da criação. No monte Sinai, o sabbath — já em existência — tornou-se formalmente parte da lei (sua observância é um dos Dez Mandamentos) e um sinal da aliança com Israel e de seu relacionamento com esse povo (Êx 20.8-11). Guardar o sábado era um sinal que demonstrava submissão a Deus e honrá-lo trazia grandes bênçãos (Is 58.13,14). Na época de Jesus, os legalistas judeus adicionaram todo o tipo de regras e regulamentos novos para que se guardasse apropriadamente o Sabbath. Assim, o sabbath tornou-se um fardo, em vez de uma bênção. Esses legalistas judeus substituíram a lei divina por suas próprias leis (Mt 15.29). Jesus levantou-se contra o legalismo. Guardar o sábado é o único dos Dez Mandamentos que não se repete depois do dia de Pentecostes (At 2). A Igreja Primitiva adotou o domingo como o dia de adoração [...] e continuou a fazer isso regularmente (At 20.7; 1 Co 16.2)” (RHODES, R. O Cristianismo Segundo a Bíblia, 1.ed., RJ: CPAD, 2007, pp.194-95).

sábado, 3 de dezembro de 2011

O EXERCÍCIO MINISTERIAL NA CASA DO SENHOR - Por Altair Germano

O EXERCÍCIO MINISTERIAL NA CASA DO SENHOR. Subsídio para Lição Bíblica

 
O texto de Neemias 13.4-31, de modo geral, apresenta as reformas no âmbito da instituição religiosa e na área da cultura e identidade do povo judaico no período pós-exílico.[1] As medidas de Neemias quanto ao funcionamento do templo envolve o seu uso adequado e purificação (Ne 13.4-9) e o restabelecimento da manutenção dos levitas.
CORRUPÇÃO NO SACERDÓCIO: O FAVORECIMENTO DE PARENTES
Com a ida de Neemias a Jerusalém o sacerdote Eliasibe resolveu privilegiar Tobias, com quem tinha se aparentado, dando-lhe permissão para usar uma das câmaras do templo. Sobre o aparentamento de Eliasibe com Tobias, Barber comenta
Durante a sua administração anterior, e enquanto Neemias permaneceu em Jerusalém, Eliasibe se conteve. Mas quando Neemias foi para a Babilônia, o sumo sacerdote tomou ares de diplomata. Um dos seus primeiros passos foi fazer com que um membro de sua família casasse com alguém da família de Tobias, Então, como símbolo de boa vontade, ele tomou certas salas de depósito do templo (câmaras sob sua supervisão direta) e as transformou em apartamento para Tobias.[2]
Tunnermann sugere que
[...] a referida câmara tenha sido usada como depósito de mercadorias, o que facilitava muito a vida, pois não era necessário carregar as mercadorias por longas distâncias. Também é possível que a câmara tenha sido o próprio local de comércio. Em todo caso, interesses comerciais como fornecedor ou intermediário devem ter sido a razão principal de Tobias querer se instalar no templo.[3]
Lopes, ao comentar o episódio, ressalta que a liderança espiritual não apenas se distanciou de Deus, mas aliou-se ao inimigo, para em seguida levá-lo para dentro da Casa de Deus e beneficiá-lo ilicitamente
Eliasibe fez uma câmara grande para Tobias exatamente no lugar onde eram depositados os dízimos e ofertas para os sacerdotes, levitas e cantores (13.5). Neemias diz que ele fizera isso para beneficiar Tobias (13.7). Os dízimos e as ofertas para o sacerdócio foram desviados para Tobias. Por isso, os obreiros da Casa de Deus, por falta de sustento, precisaram fugir para os campos e o inimigo instalou-se dentro da Casa de Deus e a profanou (13.10). [4]
Quais as lições que extraímos dos fatos narrados acima, para aplicá-las à nossa realidade?
Em primeiro lugar, assim como a instituição judaica foi vitimada pelas atitudes corruptas de sua liderança religiosa, em nossos dias, pastores e líderes repetem os mesmos erros. Observemos, com base nas questões aqui em discussão, alguns destes erros:
- Alianças (aparentamentos) ilícitas. Como já citado em meu subsídio da lição anterior, multiplica-se o número de líderes na igreja que se associam de todas as formas e maneiras com políticos e empresários que não são crentes, e isso com o objetivo de obter alguma vantagem pessoal. Essa vantagem pode ser material ou financeira (crescimento do seu patrimônio pessoal) ou política (fortalecimento de sua liderança). Há casos de líderes que recebem “ofertas” de políticos e empresários, e ficam com o “rabo preso” para apoiar futuras candidaturas e mandatos. Estas ofertas são em dinheiro ou em forma de “presentinhos”. Há políticos mundanos que apoiam de diversas formas e maneiras candidatos à presidência de convenções e igrejas. Há uma verdadeira prostituição e promiscuidade sendo vivenciada por algumas de nossas lideranças, que já comprometeram a sua integridade moral e autoridade espiritual. Foram seduzidos e se venderam pelo poder. Como possuem dinheiro e influência, tentam comprar e corromper outros com dinheiro, emprego, cargo e outros benefícios. Em boa parte dos casos, se aproveitando da ingenuidade, necessidade ou da malignidade de alguns obreiros, são bem sucedidos neste propósito diabólico.
- O favorecimento de parentes. Tobias, agora parente de Eliasibe, foi beneficiado pelo sumo sacerdote com algumas vantagens institucionais. Conseguiu um espaço privilegiado nas dependências do templo, onde, quer através do desvio dos dízimos e ofertas, ou mediante a prática de algum tipo de comércio, lucrava com o negócio. Este fato é outro que se repete e se multiplica em nossos dias. Há líderes na atualidade, que adotam a postura de donos dos templos que construíram (ou assumiram a administração), distribuindo cargos entre os seus parentes e familiares. Em todos os departamentos da igreja (instituição) tem um filho, uma filha, um cunhado, o sogro, a sogra, um primo, um tio, um genro, um neto, etc. A igreja (instituição) torna-se um negócio familiar, onde o grande objetivo da distribuição dos cargos entre os parentes é manter estrategicamente o poder e os benefícios dele derivados. Não estou aqui afirmando que familiares ou parentes não possam ocupar cargos de confiança na igreja, falo é dos abusos gritantes.
Além dos cargos, os espaços físicos são também distribuídos abusadamente entre a parentela. Observe e veja quem são os responsáveis pelas lanchonetes, cantinas, restaurantes, livrarias, e outros espaços “comerciais” em boa parte dos templos? Não são porventura, em sua maioria, os familiares ou aparentados do líder? Conheço casos de familiares e parentes de líderes que nem crentes são, e que recebem salário ou benefício da igreja através da criação de cargos fantasmas, ou da concessão de espaços comerciais. Assim como nos dias de Neemias, o povo vê os abusos, e em grande parte dos casos não pode fazer nada contra tais práticas. Há, em muitos lugares, uma rede de corrupção formada em torno do líder, com muita gente dependendo dele ou lhe devendo favores (lideranças subalternas), o que faz com que ele continue usando e abusando do poder que detém. Pobres e miseráveis líderes, em breve, caso não se arrependam dos seus pecados, o Senhor da Igreja julgará os seus atos abomináveis.
O pastor Elinaldo Renovato, falando de corrupção no ministério, narra o seguinte caso
Em um determinado Estado, o líder escriturava os imóveis, terrenos e templos em seu próprio nome. Quando foi disciplinado pelo ministério por ter caído em pecado, achou que os templos e os terrenos lhe pertenciam, pois estavam registrados em seu nome, mas, na verdade, foram adquiridos com as contribuições dos fiéis. Isso é corrupção, descalabro moral, além de pecado gravíssimo diante de Deus.[5]
Os casos se agravam, e a nova “onda” de corrupção na liderança institucional da igreja é a negociação (troca, compra e venda) de templos e do patrimônio da igreja local. São líderes querendo aumentar o seu “império” eclesiástico pessoal e familiar, atacando e saqueando o “império” do seu adversário político.
CORRUPÇÃO NO SACERDÓCIO: FALTA DE HONESTIDADE E TRANSPARÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO
Também entendi que o quinhão dos levitas se lhes não dava, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam a obra, tinham fugido cada um para a sua terra.” Ne 13.10
O favorecimento pessoal e de parentes dos “donos” e “senhores” da igreja é uma das causas da precariedade do sustento daqueles que vivem integralmente da obra, quer seja no trabalho local ou fora do país (missionários transnacionais). A vida de alguns “sumo sacerdotes” e “Tobias” na atualidade é uma mordomia só, enquanto obreiros auxiliares de tempo integral vivem a pão e água, se humilhando de todas as formas e maneiras para receberem uma ajuda mensal que mal garante o básico. Quando alguém ousa questionar o líder, surge logo um profeta ou uma profetisa (geralmente assalariado ou que goza de algum privilégio) para defender o “santo ungido”, ameaçando o questionador com pragas e maldições. Se seguíssemos esta lógica capitalista da "bênção especial" sobre o ungido (em termos financeiros e materiais), Jesus e os apóstolos teriam sido os líderes mais ricos da história da Igreja. Entendo que em boa parte dos casos, apresentar a Deus a situação é o melhor caminho. Ele é o reto juiz.
É absurda em algumas administrações eclesiásticas (igrejas e convenções) a falta de transparência na apresentação dos relatórios de receitas e despesas da instituição. Os líderes fazem questão de dificultar o acesso às contas. Quando inquiridos, reagem das mais diversas formas e maneiras, fazendo drama por se sentir ofendido, implementando punições severas e perseguições implacáveis aos seus inquiridores (que passam a ser chamados e tratados como inimigos). Há quem contrarie o próprio estatuto da organização, ao indicar os seus próprios fiscais. Líder íntegro e reto “escancara” as contas para quem duvida de sua honestidade, e pede auditoria quando a sua administração é questionada, e tudo isso, sem revanchismos ou ressentimentos.
Temos situações em que o tesoureiro da instituição é mera figura simbólica, visto que os recursos (dízimos e ofertas) vão diretamente para as mãos e bolsos dos “donos” e “senhores” das igrejas, que os administram a seu bel prazer e conveniência. Os recursos da igreja, oriundos dos dízimos e ofertas dos irmãos, devem ser administrados com temor e tremor, e com toda a transparência necessária. É preciso investir com sabedoria, dando prioridade ao que é urgente e extremamente necessário ao Reino de Deus.
Se Deus não deixou encoberto e impune os pecados da liderança do Antigo e do Novo Testamento, expondo-os nas páginas da Bíblia, por que agiria diferente na atualidade? Quem escandaliza o Evangelho é quem comete o pecado, e não quem o denuncia.
Como sempre coloco, há ainda líderes cristãos sérios e comprometidos com Deus e com a sua Palavra neste Brasil, que ainda não se venderam, nem se dobraram diante da corrupção no atual sistema eclesiástico.
Ainda há, como Neemias, líderes que se indignam com o pecado, e corajosamente resistem a toda sorte de profanação e corrupção no ministério. Suas convicções estão firmadas sobre a rocha das Escrituras.[6] O pecado deve provocar em nós indignação. Apenas pessoas que tem capacidade de se indignar contra o mal podem fazer a diferença na História.[7] Contudo, devemos ter o cuidado necessário para não perdemos o controle emocional, e de não privarmos os acusados da possibilidade de se defenderem. Parece-nos que no caso que envolveu a ação enérgica de Neemias, o pecado era escancarado e gritante.
É tempo de restauração!

[1] TUNNERMANN, Rudi. As reformas de Neemias. São Leopoldo/São Paulo: Editora Sinodal/Paulus, 2001, p. 170.
[2] BARBER, Cyril J. Neemias e a dinâmica da liderança eficaz. São Paulo: Editora Vida, 1982, p. 148.
[3] TUNNERMANN, Ibid., p. 173.
[4] LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 206-207.
[5] RENOVATO, Elinaldo. Neemias: integridade e coragem em tempos de crise. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 122.
[6] BARBER, ibid., p. 148.
[7] LOPES, ibid., p. 207

Lição 10 - O exercício ministerial na Casa do Senhor - Por Hermom Leal






















Lição 10 - O exercício ministerial na Casa do Senhor

Lição 10: O exercício ministerial na Casa do Senhor
Data: 4 de Dezembro de 2011

TEXTO ÁUREO


Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel(1 Co 4.2 — ARA).

VERDADE PRÁTICA


O verdadeiro líder age com sabedoria e prudência, porque sabe que a sua autoridade procede do soberano e único Deus.

HINOS SUGERIDOS


432, 580, 609.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Mt 21.13
A casa de Deus é chamada casa de oração


Terça - Ne 13.4,5
Nepotismo na Casa do Senhor


Quarta - 1 Tm 6.9
A cobiça leva ao fracasso espiritual


Quinta - 1 Pe 5.1-3
O líder cristão é o exemplo do rebanho


Sexta - 1 Tm 6.10
Rejeitando o apego ao dinheiro


Sábado - Sl 24.1
Deus é dono de tudo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Neemias 13.1-8.

1 - Naquele dia, leu-se no livro de Moisés aos ouvidos do povo; e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na congregação de Deus,
2 - porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água; antes, assalariaram contra eles a Balaão para os amaldiçoar, ainda que o nosso Deus converteu a maldição em bênção.
3 - Sucedeu, pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda mistura.
4 - Ora, antes disso, Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a câmara da Casa do nosso Deus, se tinha aparentado com Tobias;
5 - e fizera-lhe uma câmara grande, onde dantes se metiam as ofertas de manjares, o incenso, os utensílios e os dízimos do grão, do mosto e do azeite, que se ordenaram para os levitas, e cantores, e porteiros, como também a oferta alçada para os sacerdotes.
6 - Mas, durante tudo isso, não estava eu em Jerusalém, porque, no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei de Babilônia, vim eu ter com o rei; mas, ao cabo de alguns dias, tornei a alcançar licença do rei.
7 - E vim a Jerusalém e compreendi o mal que Eliasibe fizera para beneficiar a Tobias, fazendo-lhe uma câmara nos pátios da Casa de Deus,
8 - o que muito me desagradou; de sorte que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara.

INTERAÇÃO


Professor, você terá a oportunidade ímpar de conscientizar seus alunos de que devemos agir com temor e tremor quando estamos tratando da obra do Senhor e da administração da sua Casa. Estamos vivendo tempos trabalhosos, onde muitos já perderam o temor e a reverência ao Todo-Poderoso. Esses acabam por macular e prejudicam o Corpo de Cristo. Enfatize o fato de que nosso serviço para Deus deve ser feito com muito amor, alegria, temor e santidade.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Conscientizar-se de que o líder deve ser comprometido com o Reino de Deus.
  • Saber que os recursos financeiros na Casa de Deus devem ser administrados com transparência e fidelidade.
  • Compreender que as ofertas e dízimos são importantes para a expansão do Evangelho.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, use o quadro abaixo para mostrar aos alunos que os dízimos e as ofertas fazem parte do plano de Deus para o sustento financeiro da Sua obra na terra. Dízimo é simplesmente devolver ao Senhor o que Ele nos deu. Malaquias 3.6-12 apresenta o dízimo como uma ordem e traz uma promessa para os que a obedecem: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção sem medida”. Tanto no Antigo como em o Novo Testamento o povo é convocado a dizimar.


COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Ministro: [Do lat. Ministrum] servidor, servo.

Nosso caráter é trabalhado pelo Espírito Santo que nos vai tornando, dia a dia, mais útil a Deus, à sua Igreja e ao próximo (Cl 5.22). Infelizmente, há obreiros que, resistindo à voz do Espírito, agem como aqueles líderes judaicos que, apesar de haverem participado do avivamento em Jerusalém, não reverenciavam nem a Deus nem a sua casa. Haja vista o que fez o sumo sacerdote Eliasibe. Na ausência de Neemias, ele deixou-se levar por interesses familiares. E, abusando de suas prerrogativas, abriu guarida para que Tobias, o amonita, fizesse do Santo Templo a sua morada (Ne 13.5).
No trato com as coisas divinas, devemos agir com muito temor e tremor, porque Deus não se deixa escarnecer.

I. A CONTAMINAÇÃO DO MINISTÉRIO

1. O sacerdote aparentado com o ímpio. Após o grande avivamento ocorrido em Jerusalém, coisas estranhas passaram a acontecer no Santo Templo. Eliasibe, o sumo sacerdote (Ne 13.28), ignorando as demandas da lei divina, começou a agir permissivamente em relação à administração da Casa de Deus. Tudo começou quando ele aparentou-se com a família de Tobias (13.4). Portanto, se nos associarmos ao mundo, em breve estaremos descartando a ética cristã como algo de somenos importância em nossa vida. Assim, perderemos nossas propriedades de luz do mundo e sal da terra.
2. Privilégios abusivos (Ne 13.5). Eliasibe, usando sua influência de maneira profana, veio a beneficiar justamente o arqui-inimigo do povo de Deus. Alojou Tobias nas dependências do Santo Templo, onde eram guardados os dízimos, ofertas de manjares, o incenso e os utensílios do culto divino.
O que leva um homem de Deus a agir dessa forma? Muito cuidado e vigilância. Fomos constituídos por Cristo para sermos o exemplo dos santos, conforme recomenda Paulo a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1 Tm 4.12 — ARA). O apóstolo, nessa passagem, deixa bem claro ao jovem pastor, que o homem de Deus deve ser, em todas as coisas, incorruptível.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Eliasibe, o Sumo Sacerdote, passou agir com permissividade na administração da Casa de Deus.


II. A JUSTA INDIGNAÇÃO DO HOMEM DE DEUS

1. A firmeza de um líder. Quando Neemias retornou a Jerusalém e compreendeu “o mal que Eliasibe fizera [ao povo de Deus] para beneficiar a Tobias” (13.7), reagiu àquela situação com zelo e coragem. Fazendo uso de sua autoridade, lançou “todos os móveis de Tobias fora da câmara” do Templo (Ne 13.7,8). Não fez o mesmo Jesus com os vendilhões e cambistas que haviam transformado a Casa de Deus num covil de ladrões?
2. A resposta do povo. Essa medida ousada e enérgica de Neemias fez que o povo recobrasse o ânimo e voltasse a contribuir com mais amor e liberalidade: “Então, todo o Judá trouxe os dízimos do grão, e do mosto, e do azeite aos celeiros” (Ne 13.12). O povo de Deus espera que os seus líderes sejam realmente íntegros, transparentes e comprometidos com os negócios do Reino.
3. O procedimento do líder cristão. O que nos ensina Neemias? Em primeiro lugar, que amemos a Deus e sejamos zelosos por suas coisas. Agindo assim, jamais toleraremos a corrupção e a desonestidade em nosso meio, pois fomos chamados por Deus para ser a luz do mundo e o sal da terra. Que todos nos reconheçam, pois, por nossa elevada ética e pela irrepreensibilidade de nossa postura. Menos do que isso é inaceitável. À semelhança de Neemias, jamais abusemos da autoridade que nos confiou o Senhor Jesus, mas ajamos com toda sabedoria e prudência (Rm 12.8; 1 Pe 5.1-4).


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Neemias retornou a Jerusalém e ficou indignado com o mal que a péssima administração de Eliasibe fizera ao povo de Deus.


III. HONESTIDADE E TRANSPARÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO

1. A razão da necessidade dos recursos financeiros na igreja. Do Senhor é a terra e a sua plenitude, bem como o mundo e todos os seus habitantes (Sl 24.1; At 17.25). Mas não podemos ignorar que a expansão de seu Reino demanda investimentos humanos e materiais. Ou seja: na expansão do Evangelho até aos confins da Terra, precisamos de recursos financeiros. O próprio Jesus e os apóstolos deles necessitaram. Todavia, não podemos nos esquecer que, na administração de tais recursos, temos de agir com total fidelidade e transparência (Tt 1.7).
2. A procedência dos recursos da igreja. Nossos recursos financeiros não são provenientes do Estado nem de organismos internacionais. Eles provêm dos dízimos e das ofertas dos santos. Todavia, a ética cristã não é ferida se fundações e centros sociais pertencentes à igreja, e que beneficiam toda a comunidade, receberem dotações do poder público. Isso está previsto em lei. Nesse caso, redobremos nossa vigilância e cuidado, para que nenhum escândalo venha manchar o nosso bom nome.
Apesar dos recursos extras, não deve a igreja local abster-se de usar os próprios meios na evangelização, na obra missionária e no cuidado com os mais necessitados (Tg 1.27).
3. Zelo pelos recursos da igreja. As finanças da igreja local devem ser empregadas com fidelidade, sabedoria e transparência na expansão do Reino de Deus e no socorro aos mais necessitados. Tomando o exemplo de Neemias, administremos os bens que os santos consagram a Deus com lisura e temor (Pv 1.7). Menos do que isso, repito, é inaceitável.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

A Igreja e sua obra são sustentadas pelas ofertas e dízimos dos fiéis.


CONCLUSÃO

Se não estivermos comprometidos com a Palavra de Deus, nossa administração será reprovada por Deus e pelos homens. Entre as coisas que mais contribuem para a queda do obreiro (além dai sensualidade, da soberba e do poder) está o amor ao dinheiro! (1 Tm 6.10). Tomemos, pois, o exemplo de Neemias. Ajamos com fidelidade e sabedoria em todas as coisas. E o nome de Cristo será exaltado em nossa vida.

VOCABULÁRIO


Abster-se: Deixar de intervir; conter-se; refrear-se.
Cambista: Pessoas que negociam obtendo lucros acima do normal.
Recurso: Auxílio; socorro; ajuda.
Vendilhões: Aquele que trafica coisas de ordem moral.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


LIMA, E. R. Ética Cristã. Confrontando as questões morais do nosso tempo. 1.ed., RJ: CPAD, 2002.
VASCONCELOS, J. Guia Básico do Obreiro. 1.ed., RJ: CPAD, 2002.

EXERCÍCIOS


1. Após o grande avivamento, o que aconteceu de estranho no Santo Templo?
R. Após o avivamento, o Sumo Sacerdote Eliasibe, ignorando as demandas da Lei divina, começou agir permissivamente em relação à administração da Casa de Deus.

2. Como Eliasibe beneficiou Tobias?
R. Eliasibe beneficiou Tobias alojando-o nas dependências do Santo Templo, onde eram guardados os dízimos, as ofertas de manjares, o incenso e os utensílios do culto divino.

3. O que fez Neemias quando retornou a Jerusalém?
R. Neemias reagiu com zelo e coragem, lançou fora da câmara do Templo todos os móveis de Tobias.

4. Como o povo respondeu à reação de Neemias?
R. O povo recobrou o ânimo e voltou a contribuir com mais amor e liberalidade.

5. Em sua opinião, como os recursos da Igreja devem ser empregados?
R. Resposta Pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Teológico

“A Correção dos Abusos nos Serviços do Templo
Outro abuso, cometido quando Neemias se ausentou de Jerusalém, está relacionado com os serviços do Templo e uma adequada manutenção dos levitas e outros funcionários. Não só havia acontecido uma utilização errada das câmaras do santuário — caso da ocupação de Tobias — como em muitas ocasiões as ofertas não haviam sido recebidas. Consequentemente, os levitas e até os cantores tinham sido obrigados a voltar ao campo e ganhar a vida na agricultura. Isso significa que, apesar das cuidadosas providências que haviam sido tomadas por Neemias há muito pouco tempo (12.44-47), os serviços do Templo haviam sido negligenciados. Os diversos deveres que eram de responsabilidade dos levitas não eram executados. Neemias discutiu esse assunto com os principais líderes da cidade. Por que se desamparou a casa de Deus? ele perguntou. Por causa de sua insistência esses abusos foram rapidamente remediados, o povo voltou a trazer seus dízimos e ofertas, homens de confiança foram colocados como responsáveis pelo tesouro do Templo, e foi feita uma adequada provisão para atender às necessidades daqueles que tomavam parte dos serviços” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. II. Josué a Ester. 1.ed. RJ: CPAD, 2006, p.534).

sábado, 26 de novembro de 2011

Lição 9 - Por Altair Germano

A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO. SUBSÍDIO PARA LIÇÃO BÍBLICA DA CPAD - 4º TRIMESTRE/2011

O contexto da presente lição é de celebração pela construção e dedicação dos muros:
"E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas." (Ne 12.27)

A adoração, o louvor e o culto são temas abordados pelo comentarista.

OS LEVITAS CANTORES

"E se ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa, como também da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém." (Ne 12.28-29)

É equivocada a ideia de que o serviço dos levitas era apenas o de cantar. Na condição de auxiliares e cooperadores dos sacerdotes, estavam envolvidos nas tarefas do oferecimento dos sacrifícios e na administração geral do tabernáculo e do templo (Nm 1.47-54; 3.6-9)

Observe que Neemias nos informa que os levitas cantores "tinham edificados para si aldeias nos arredores de Jerusalém", e foram buscados. Com a restauração dos muros, veio também a restauração do serviço dos cantores.

O pastor Elinaldo Renovato, em seu livro "Neemias: integridade e coragem em tempos de crise", CPAD, 2011, p. 116, destaca a importância dos músicos e cantores no culto, mas relata uma triste realidade:

"Nessa área do louvor, infelizmente, há muitas distorções. Um verdadeiro mercantilismo vil tem prejudicado a adoração a Deus. Há cantores que se transformaram em mercadores do louvor. Só cantam se receberem 'polpudos' cachês, de acordo com a procura e a oferta pelos "artistas" gospel. Hoje, há muitos que se dizem levitas, mas não querem submeter-se aos sacerdotes líderes, que são pastores e dirigentes, nas igrejas. Boa parte deles não tem pastor. Tem empresários".

A prática do mercantilismo está associada ao profissionalismo, ou seja, o ganho financeiro tornou-se a razão última da atividade de muitos cantores e músicos cristãos. É absurdo o volume de CD´s gravados e lançados, de pessoas que apesar de bem intencionadas, não possuem o talento musical necessário (se desejar pode chamar de dom) para tal produção. É claro que a Bíblia diz que todo o ser que tem fôlego deve louvar ao Senhor (Sl 150.6), mas não diz que tem que gravar CD. O pior, é que depois que gravam, passam a querer que os pastores abram em todos cultos espaços para que cantem, para assim divulgar o "trabalho".

Muitos, além de desafinados são abusados. Testemunhei no último final de semana uma cena, onde a cantora insatisfeita por não ter sido chamada para sentar na tribuna, ficou mandando indireta para o dirigente do culto. Muitos destes "levitas", quando recebem a oportunidade para cantar, pregam, doutrinam, dão testemunho, ou seja, resolvem fazer o show completo, sem o mínimo respeito pelo dirigente e pela ordem do culto.

Há "levitas" que são adúlteros, insubmissos (ou sem pastor), beberrões, enganadores, mentirosos, iníquos disfarçados de santos, e que estão por aí enganando a todos e cantando para a sua própria glória e lucro. Precisam ser purificados pelo sangue de Jesus e abandonar a prática deliberada do pecado.

Outros "levitas" modernos querem também administrar até o som da igreja, sempre reclamam da qualidade ou da altura do mesmo.

O trabalhador é digno do seu salário (Lc 10.7), mas o abuso de alguns é descarado com a cobrança de cachês absurdos, que não se justificam. No Brasil, há levitas cantores (pregadores também) cobrando cachês de R$ 10, 20, 30 mil para se "apresentarem". Mas, como já escrevi, enquanto tiver quem pague, haverá quem cobre e ganhe. Aliás, muitos eventos promovem o mútuo interesse em ganhar público e dinheiro por parte de quem convida e de quem é convidado. Há casos de cobrança de ingressos. As ofertas são "rachadas" em alguns shows, chamados de cultos, entre o pastor empresário e o levita artista.

Felizmente, em meio a tanta distorção, há aqueles levitas cantores que horam a Deus e aos pastores através do seu canto, de sua música e da sua vida, e se alegram com a justa provisão de Deus.

A PURIFICAÇÃO DOS SACERDOTES E LEVITAS

"E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, e as portas, e o muro." (Ne 12.30)

O ato de purificar-se tem conotação com santidade de vida. Pensamentos, palavras e obras devem estar livres de qualquer coisa que torne o adorador "impuro".

A condição de "pureza" deve ser primeiro vista na liderança da igreja, para em seguida ser imitada e buscada pelo povo.

Fico perplexo com o discurso de alguns líderes, que dão ênfase a uma pureza "doutrinária" (equivocadamente com ênfase em usos e costumes), mas vivem uma verdadeira anarquia moral.

São líderes impecáveis no discurso, mas reprováveis na prática.

São líderes que combatem brincos, colares, pulseiras, maquiagem, televisão, internet, etc. mas, que estão envolvidos com corrupção, roubo, adultério, suborno, esquemas fraudulentos e toda a sorte de articulação para se manterem, ou tirar vantagem do "poder" da posição que ocupam.

São líderes rigorosos com os seus auxiliares e com o povo, mas não possuem o mesmo rigor com a sua familia. Com um discurso de falsa pureza, censuram as jovens da igreja que usam calça comprida, jóias e maquiagem, mas as próprias filhas (e até a esposa) se vestem e se adornam da mesma maneira. É preciso acabar com esta hipocrisia. É preciso combater tal incoerência.

São líderes que chamam de liberais os que não aceitam o seu legalismo e farisaísmo evangélico.

São líderes que falam do avanço do Reino, mas que negociam campos eclesiásticos e o patrimônio da igreja local. São empresários da fé metidos em questões judiciais, promotores de escândalos.

São líderes cínicos e loucos, que já perderam o temor de Deus, que já cauterizaram a própria consciência.

São líderes que se protegem na capa de "ungido", mas que já estão reprovados por Deus.

São líderes com aparência de espirituais, mas que são carnais.

São líderes que disputam e defendem a presidência de igrejas e de convenções a todo custo, mas que já foram vomitados pelo Senhor da Igreja.

São líderes que enriquecem às custas da exploração dos simples.

São líderes que afirmam combater o diabo, mas que já venderam a alma ao próprio.

Graças a Deus pelos líderes crentes e santos que ainda militam pela causa do mestre.

Que o Senhor nos purifique (líderes, levitas e cantores) dos nossos pecados, e que nos convertamos a Ele.

CULTO E LITURGIA SANTA

Muitas das mazelas que contemplamos em nossos cultos são decorrentes do estado moral e espiritual caóticos em que vive algumas lideranças e igrejas.

O culto e a forma de realizá-lo (liturgia), deixou de buscar a glória de Deus, e agora serve aos interesses humanos da busca por cura, libertação, prosperidade, problemas de justiça, etc. As necessidades humanas estão presentes na grande maioria das mensagens e hinos, em detrimento de um louvor e de uma adoração que proclame as obras e os atributos de Deus.

Para manter alguns cultos "cheios", a pregação da Palavra foi trocada por "atrações" ou por promessas de "bênçãos" aos espectadores ou clientes. Temos agora muitos templos cheios, mas igrejas doentes.

O culto perdeu a sua forma simples de ser, e agora, enquadrado na sua nova e moderna razão de ser (comercial), tem nomes atrativos, do tipo "Culto da Vitória", "Culto da Conquista", "Culto da Virada", "Culto do Milagre" etc.

Pois é, templos grandes e cultos cheios, na cabeça de muitos é sinônimo de status e poder de liderança. É uma marca do sucesso ministerial. Puro engano e tolice.

Culto e liturgia restaurados, só serão possíveis quando a liderança e o povo forem restaurados, purificados e libertos dos seus pecados.

Que tal começarmos restaurando a oração nos cultos. O relato abaixo, feito pelo historiador Emílio Conde sobre um culto realizado entre 1925-1926, nos revela o quanto precisamos retornar às boas e salutares práticas litúrgicas:

"Às sete horas da noite os crentes começavam a reunir-se. Vêm depressa e enchem o salão. A primeira coisa que fazem quando entram é dobrar os joelhos e orar. Alguns oram alto e outros em silêncio. Mais e mais pessoas chegam, todas alegres e cheias de zelo pela obra de Deus. Ninguém fica conversando antes do culto, mas todos estão orando fervorosamente a Deus pelo bom andamento do culto". (Texto extraído da obra "Diário do Pioneiro", de Ivar Vingren, publicado pela CPAD, 2010, p. 142)

Os estudos no livro de Neemias estão nos oferecendo uma boa oportunidade para refletirmos sobre a nossa própria condição.

Que esta reflexão produza em nós transformação para a glória de Deus.

Lição 9: A organização do serviço religioso

Lição 9: A organização do serviço religioso

Data: 27 de Novembro de 2011

TEXTO ÁUREO


E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe(Ne 12.43).

VERDADE PRÁTICA


Nosso serviço em prol do Reino de Deus somente terá validade se o dedicarmos ao Senhor em adoração e louvor.

HINOS SUGERIDOS


124, 115, 176.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Cl 3.15
Sendo agradecidos

Terça - Lc 17.15-19
Um homem agradecido

Quarta - 1 Pe 5.3
Servindo de exemplo ao rebanho

Quinta - Hb 13.15
Sacrifício de louvor a Deus

Sexta - Et 9.22
Tristeza transformada em alegria

Sábado - Is 30.29
Festa santa dos fiéis

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Neemias 12.27-31,43.

27 - E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas.
28 - E se ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa,
29 - como também da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém.
30 - E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, e as portas, e o muro.
31 - Então, fiz subir os príncipes de Judá sobre o muro e ordenei dois grandes coros e procissões, sendo um à mão direita sobre o muro da banda da Porta do Monturo.
43 - E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.

INTERAÇÃO


Caro professor, os descendentes da tribo de Levi eram os responsáveis pela adoração a Deus e, por este motivo, suas vidas deveriam ser ilibadas. Hoje não pode ser diferente: homens e mulheres que servem na Casa do Senhor devem manter suas vidas ilibadas, suas ações devem ser dirigidas pela Palavra de Deus. Tomemos, pois, o exemplo de Neemias e Esdras, homens que serviam e cultuavam a Deus reverentemente. O Culto ao Senhor precisa ser organizado e santo, não se pode fazer dele um espetáculo, cujos líderes ou dirigentes se portem como “animadores de auditório”.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Conscientizar-se de que os obreiros da Casa do Senhor devem ser santos e irrepreensíveis.
  • Saber que o culto divino deve ser conduzido com reverência.
  • Compreender que Deus não mais aceita sacrifícios de animais.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, sugerimos que você utilize o quadro abaixo para ajudar os alunos a conhecer e compreender as funções dos obreiros da Casa do Senhor no Antigo Testamento. Ressalte que todo aquele que deseja servir na Casa de Deus precisa ter uma vida santa e obedecer as Sagradas Escrituras.



 


COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Organização: Ordenação das partes de um todo; arrumação.

Na lição de hoje, veremos que Neemias não somente restaurou os muros e as portas de Jerusalém, como restabeleceu o ministério levítico. Assim, puderam os sacerdotes reiniciar suas atividades na festa de dedicação dos muros. A celebração foi marcada pela alegria, louvor e cânticos em ações de graças ao Senhor (Ne 12.24,27). Em sua infinita misericórdia, Deus transformou em regozijo o lamento de seu povo.

I. OS SACERDOTES QUE VIERAM PARA JERUSALÉM COM ZOROBABEL

1. Os que vieram com Zorobabel. O capítulo 12 do livro de Neemias tem início com uma relação dos sacerdotes que vieram a Jerusalém juntamente com Zorobabel. Como se sabe, foi esse abnegado servo de Deus quem liderou o primeiro grupo de exilados judeus que, autorizados por Ciro, o Grande, deixou a Babilônia rumo à Cidade Santa. Zorobabel incentivou a reconstrução do Templo e restabeleceu a adoração a Deus. Sem tais ações, a restauração de Jerusalém seria impossível. Observe: só foram admitidos como ministros do altar os que puderam comprovar a sua ascendência levítica. Isso nos ensina que o ministério cristão deve ser exercido por aqueles que realmente foram chamados por Deus.
2. O ministério sacerdotal. Descendentes de Levi, tinham os sacerdotes como missão representar o povo diante de Deus. Deveriam eles, portanto, ser santos e irrepreensíveis diante de Deus e dos homens (Lv 21.16-21). Todo sacerdote era levita, mas nem todo levita era sacerdote. Várias eram as suas funções: tornar possível a mediação entre o povo e Deus, fazer a expiação pelos pecados da nação, ensinar a Lei de Deus, queimar incenso e cuidar do castiçal e da mesa dos pães da proposição (Lv 10.11; Ez 44.23). Como está o nosso serviço cristão? Temos zelado por nossa chamada?
3. O ministério dos levitas. Somente os levitas estavam autorizados por Deus a trabalhar no Tabernáculo. Eles tinham como função primordial ensinar a Palavra de Deus e como se deve adorá-lo (Dt 33.10). Exímios músicos que eram, eles requeriam que o seu ministério fosse plenamente restaurado, a fim de participarem do culto de dedicação dos muros de Jerusalém. Consciente dessa urgência, Neemias restabeleceu-os de imediato em suas várias funções. Senhor, ajuda-nos a ser mais zelosos para com as coisas que nos confiaste.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Eram os descendentes de Levi os responsáveis pelos cultos de adoração a Deus. Somente os levitas estavam autorizados pelo Senhor a servir no Tabernáculo.


II. A DEDICAÇÃO DOS MUROS

1. A participação dos levitas. “E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas” (Ne 12.27). Era imprescindível a presença dos levitas na realização dos sacrifícios e na condução do culto ao Senhor. Afinal, eles eram os responsáveis pela adoração divina. O que aprendemos nesse ponto? Os obreiros têm hoje uma grande responsabilidade diante de Deus: levar o povo a adorá-lo na beleza de sua santidade.
2. A participação dos cantores. “E se ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa, como também da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém” (Ne 12.28,29). Na dedicação dos muros de Jerusalém, fazia-se obrigatória a apresentação de cânticos de adoração e louvor a Deus.
Por isso, Neemias reuniu os 148 cantores que descendiam de Asafe (Ne 7.44) e mais 245 que procediam de outras famílias levíticas (Ne 7.67), para que bendissessem ao Senhor. Que importância damos à verdadeira música sacra no culto divino? Que as nossas orquestras e corais sejam assíduos na adoração a Deus.
3. A purificação dos sacerdotes e do povo. “E purificaram-se os sacerdotes e os levitas” (Ne 12.30). Como os filhos de Levi estavam à frente das solenidades da dedicação dos muros de Jerusalém, requeria-se fossem eles um exemplo de pureza e santidade. Caso contrário, como poderiam eles purificar o povo? Mas, como agiam fielmente, os levitas purificaram os demais judeus para que ninguém ficasse de fora daquela ocasião tão especial (Ne 12.30b).
Que ninguém se esqueça da ordenação divina: “Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém a santidade, SENHOR, para todo o sempre” (Sl 93.5 — ARA). De que valem as circunstâncias e pompas do culto se os adoradores acham-se distantes de Deus e comprometidos com o mundo? Não agia assim o Israel do Antigo Testamento? Ouçamos o que diz o Senhor por intermédio de Isaías: “[...] Este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13 — ARA).
É urgente, pois, que adoremos a Deus não apenas com os lábios, mas principalmente com o coração. É também chegado o momento de se ensinar aos crentes o valor e a atualidade da doutrina da santificação; sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). É da vontade de Deus, pois, que todos os seus adoradores sejam santos (1 Ts 4.3).


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os levitas foram responsáveis pela solenidade da dedicação dos muros de Jerusalém.


III. CELEBRANDO A DEUS PELA VITÓRIA

1. A festa de dedicação. Neemias organizou cuidadosamente o cerimonial da festa de dedicação dos muros de Jerusalém que, tendo em vista as provações a que os judeus haviam sido submetidos, revestia-se de especial importância e significado. Era preciso, pois, que o acontecimento fosse marcado por uma sincera e profunda devoção ao Senhor.
Neemias, então, determinou que fossem organizados dois grandes cortejos, dos quais participariam os levitas, os cantores e os príncipes de Judá (Ne 12.27-43). Um cortejo foi liderado por Esdras; o outro, por Neemias. Os grupos, embora caminhassem em direções opostas, encontrar-se-iam no Santo Templo. Ali, finalmente, foi realizado o grande culto em ação de graças a Deus. Como estamos adorando a Deus? Damos-lhe a devida honra?
2. Uma liturgia santa. Neemias teve o cuidado de elaborar uma liturgia ordeira e santa, pois a Palavra de Deus ensina-nos que o culto deve ser conduzido reverentemente. O salmista adverte-nos: “Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra” (Sl 96.9). Você tem cultuado a Deus da forma que Ele requer e merece? Não podemos nos achegar à presença do Senhor de qualquer maneira. Ele é santo e exige santidade do seu povo. Não podemos transformar o culto divino num espetáculo deprimente.
3. Os sacrifícios (v.43). Naquele dia, foram oferecidos muitos sacrifícios a Deus. Os israelitas reconheceram os benefícios do Senhor e demonstraram o desejo de adorá-lo em santidade e pureza. Na Nova Aliança, não precisamos mais oferecer sacrifícios de animais ao Senhor. Todavia, devemos apresentar-nos a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável que é o nosso culto racional (Rm 12.1). Dediquemos-lhe, pois, incondicionalmente nossa vida por tudo que Ele é e tem feito por nós.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

O povo de Israel adorou e bendisse o nome do Senhor na festa de dedicação dos muros.


CONCLUSÃO

Ensina-nos a vida de Neemias que devemos ser gratos a Deus por todas as bênçãos que dEle temos recebido. Assim como fez Neemias, cultuemos ao Senhor reverentemente. O culto e a adoração a Deus não podem ser feitos de qualquer maneira. Que o nosso culto, por conseguinte, seja dirigido com decência e ordem (1 Co 14.40).

VOCABULÁRIO


Abnegado: Despreendido; devotado.
Cortejo: Procissão, acompanhamento.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


COELHO, N. D. Manual do Líder de Louvor. 1.ed., RJ: CPAD, 2008.
MAIA, M. K. O Caminho do Adorador. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.

EXERCÍCIOS


1. Quem liderou o primeiro grupo de exilados judeus que voltou para Jerusalém?
R. Zorobabel foi quem liderou o primeiro grupo de exilados que voltou para Jerusalém.

2. Quem estava autorizado por Deus para trabalhar no Tabernáculo?
R. Somente os levitas estavam autorizados por Deus para trabalhar no Tabernáculo.

3. Onde era indispensável a presença dos levitas? Por quê?
R. A presença dos levitas era indispensável na realização dos sacrifícios e na condução do Culto ao Senhor.

4. O que a Palavra de Deus ensina sobre o culto?
R. A Palavra de Deus ensina que o culto a Deus deve ser conduzido reverentemente.

5. O que o culto divino representa na sua vida?
R. Resposta Pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Devocional

“Adorar a Deus significa Reservar tanto o sentido como a própria verbalização do verbo adorar somente ao Pai Celestial. Entender que nenhum dicionarista do mundo em tempo algum poderia expressar em palavras o quanto o Senhor deve ser estimado, venerado e amado, e que adorar é a maior expressão de nossa língua, onde podemos encerrar sentimentos de amor vivo, puro e incondicional por um ser. Deus está acima de todos os seres que conhecemos. Portanto, utilizemos esse verbo exclusivamente para o Senhor. Adorar supera amar. Amamos por decisão quem conhecemos, quem um dia vai nos deixar, quem um dia deixaremos. Todavia, adorar só cabe, através da fé, a quem nunca vimos, a quem nunca vai nos deixar, a quem nunca pretendemos deixar. Somente com Deus isso é possível, porque Deus:

      Promete estar conosco todos os dias (Mt 28.20);
      É o Criador de tudo (Ap 14.7; Sl 19.1);
      É soberano (Sl 95.1-13);
      É Santo (Sl 29.2);
      É provedor da nossa salvação (Gn 22.8);
      É Pai amoroso (Jo 3.16);
      É Justo Juiz (Jz 11.27; Sl 75.7);
      É Fiel (1 Co 1.9; 10.13);
      É Digno (Ap 4.11)”.

(COELHO, N. D. Manual do Líder de Louvor. 1.ed., RJ: CPAD, 2008, pp.134-5).