sábado, 24 de setembro de 2011

Lição 13 - A plenitude do Reino de Deus

























Lição 13: A plenitude do Reino de Deus
Data: 25 de Setembro de 2011

TEXTO ÁUREO

Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará” (Is 11.1).

VERDADE PRÁTICA

Na consumação de todas as coisas, Deus estabelecerá plenamente o seu Reino e o entregará como herança aos que tiverem recebido a Jesus Cristo como o seu Salvador.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Tm 2.4
O Deus de esperança
 Terça - Tt 2.13
Conservemos a bendita esperança
 Quarta - Mt 5.20
Vivendo os valores do Reino em esperança
Quinta - Dt 4.32-34; Mt 13
O Reino de Deus é tema central nas Escrituras
Sexta - Mt 25.31-34
A plenitude do Reino de Deus
 Sábado - Ap 21.5
Deus fará novas todas as coisas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Isaías 11.1-9.
 1 - Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.
2 - E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
3 - E deleitar-se-á no temor do Senhor e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos;
4 - mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio.
5 - E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins.
6 - E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará.
7 - A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi.
8 - E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco.
9 - Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.

INTERAÇÃO

Professor, estamos encerrando mais um trimestre. Analisamos de forma detalhada a Missão Integral da Igreja. Hoje, trataremos a respeito da Plenitude do Reino de Deus. Na consumação final do Reino haverá uma renovação de toda a criação, que outrora gemia (Rm 8.19-21). O Diabo será derrotado para sempre e os justos viverão eternamente com o Soberano. Somos salvos em Cristo, portanto devemos nos manter firmes nEle até o fim. Nossa esperança é a efetivação do Reino de Deus, que terá seu início na segunda vinda de Cristo. Enquanto esperamos a volta de Cristo e como cidadãos do Reino temos uma missão: testemunharmos do Reino de Deus.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Compreender que a plenitude do Reino é a nossa bendita esperança.
·   Saber que o Reino de Deus é uma sublime realidade.
·   Conscientizar-se de que a efetivação do Reino se dará com a segunda vinda de Cristo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Para a aula de hoje tire cópias do quadro abaixo para os alunos. Explique que a plenitude do Reino é a nossa bendita esperança. Em breve Jesus Cristo voltará e seu glorioso Reino será definitivamente estabelecido sobre a terra. Todavia, enquanto Ele não volta temos uma missão a cumprir neste mundo: Proclamar a Palavra de Deus e testemunhar a toda criatura o Evangelho de Cristo. Cumpramos a nossa missão, pois em breve Jesus, nosso Rei, voltará.
  COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave
Plenitude: Estado ou qualidade do que está completo.
 Nesta última lição, estudaremos a esperança, a realidade e a manifestação final do Reino de Deus. O seu pleno estabelecimento é a esperança que move a Igreja de Cristo. Em sua propagação universal, muitos santos deram sua vida, mas não tiveram o privilégio de vê-lo estabelecido em sua plenitude. No entanto, aguardam eles a bendita esperança de um dia não somente contemplá-lo, mas também de nele entrar.
Durante o estudo deste trimestre apresentamos o propósito de Deus para com a Igreja. Agora, portanto, com o olhar voltado para o porvir, vivamos como autênticos representantes do Reino de Deus na terra.

I. A PLENITUDE DO REINO: UMA BENDITA ESPERANÇA

1. O Deus da esperança. No Éden, Adão e Eva cumpriam a função de mordomos da criação. Eles cuidavam e lavravam a terra mediante uma intensa comunhão com Deus (Gn 3.1-7). Comunhão essa que, infelizmente, foi interrompida em consequência do pecado. Todavia, as Escrituras revelam-nos um Deus disposto a remover o pecado através de seu Filho (Jo 3.16). O meigo Nazareno é a resposta do Pai para o mundo (1 Tm 2.4). O Deus Eterno “habitou entre nós” e pelo seu sangue vertido na cruz, trouxe-nos a esperança de um novo e extraordinário futuro (Jo 1.14; 1 Tm 1.16; Mt 25.34).
2. Em Cristo, temos esperança. A graça de Deus manifestou-se ao mundo e trouxe-nos salvação mediante Jesus Cristo, a “principal pedra da esquina” (Ef 2.20). A graça divina encoraja-nos a renunciar toda impiedade do “presente século” e a viver uma vida justa, sóbria e piedosa no Senhor (Tt 2.11,12). Em nossa peregrinação, Deus nos convoca a cultivar a “bem-aventurada esperança” na manifestação gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo (Tt 2.13). Um dia o veremos na sua vinda. E o seu Reino será glorioso e definitivamente estabelecido sobre a terra, onde “todo joelho se dobrará [...] e toda língua confessará a Deus” (Rm 14.11).
3. A esperança do Reino para a Igreja. O mundo perece na imoralidade, corrupção e violência. As pessoas andam segundo os seus próprios desejos e não mais se preocupam com os valores morais e éticos. Não obstante, há um povo que pode — e deve — fazer uma significativa diferença: a Igreja do Senhor. Esta deve expressar os valores do Reino de Deus neste mundo e, numa perspectiva escatológica, viver antecipadamente a realidade do Reino (Mt 5.20).
 SINOPSE DO TÓPICO (I)

A Igreja de Deus deve fazer a diferença neste mundo pecaminoso aguardando a plenitude do Reino.
 II. O REINO DE DEUS: UMA SUBLIME REALIDADE

1. Nas Escrituras. O Reino de Deus é o assunto central do Antigo Testamento. Em Abraão, o Senhor separou um povo para si, objetivando cumprir o propósito soberano de fazer-se conhecido entre as nações (Dt 4.32,34). No período veterotestamentário, a nação de Israel é a testemunha do reinado divino. Em o Novo Testamento, das muitas parábolas que Jesus ensinou, grande parte delas refere-se diretamente ao Reino de Deus (Mt 13; Mc 4; Lc 8; 13). Este é anunciado como uma realidade invisível, mas presente na terra (Lc 17.20,21; Rm 14.17). As Escrituras ensinam que o reino divino, embora não consumado, está presente no mundo através do poder do Espírito Santo na Igreja (Mt 13.18-23).
2. No presente. Jesus Cristo efetiva o estabelecimento do Reino de Deus no mundo, pois através dEle, Deus fez-se “carne” e habitou entre nós (Jo 1.14). A sua Igreja, como parte desse mesmo Reino, não proclama a si própria nem é um fim em si mesma, mas apresenta o Senhor do Reino ao mundo todo. Dessa forma, propõe uma transformação radical do ser humano, que gera abundante vida através do Espírito Santo. Eis porque proclamamos ousadamente o Evangelho do Reino até aos confins da terra.
3. No futuro. O Reino de Deus será espiritual e universalmente pleno. O Antigo Testamento revela essa verdade em muitas profecias. A partir de Jerusalém, o Messias reinará sobre toda a terra (Sl 72; 89.20-29; 110; Is 11.1-9; 65.17-66.24; Zc 14.9-11). Esse é o tempo escatológico de que falou o profeta Daniel (Dn 7.13,14,18,27). Nesse período, será restabelecida a perfeita comunhão da humanidade com Deus. E o Senhor Jesus reinará eternamente com justiça (1 Co 15.24-28; Ap 11.15; 2 Pe 3.10-13).
 SINOPSE DO TÓPICO (II)

No futuro o Reino de Deus será espiritual e universalmente pleno.


III. A CONSUMAÇÃO FINAL DO REINO DE DEUS

1. Aguarda a sua efetivação. O Reino de Deus ainda não foi estabelecido “com poder e grande glória” (Mt 24.30). Isto somente terá início na segunda vinda de Jesus (Mt 25.31-34). No entanto, entre o primeiro e o segundo adventos de Cristo, o Reino de Deus já terá chegado até aos confins da terra através do Evangelho. Ele expande-se por meio dos que recebem a Jesus como Salvador. Este é o tempo da Igreja de Cristo como a agência proclamadora do Reino de Deus neste mundo (Jo 13.35).
2. No Milênio. Os profetas vaticinaram que o reino messiânico é de justiça, paz e santidade (Sl 89.36,37; Is 11.1-9; Dn 7.13,14). Pelo fato de este ter a duração de mil anos, nós o denominamos de “milênio” (Ap 20.4-6). Neste tempo, a Igreja reinará juntamente com Cristo sobre as nações (2 Tm 2.12; Ap 2.26,27; 20.4). Após o período milenial, o reino eterno de Deus será plenamente estabelecido na nova terra e no novo céu (Ap 21.1-4; 22.3-5), cujo centro será a Cidade Santa — a Nova Jerusalém (Ap 21.9-11). Nela, os redimidos da Antiga e da Nova Alianças (Ap 21.12,14) habitarão em glória e felicidade eternas. A bênção maior é que todos “verão o seu rosto” (Ap 22.4), então Deus será “tudo em todos” (1 Co 15.28) por toda a eternidade. Esta é a verdadeira vida eterna e, nós, a Igreja de Deus, teremos o privilégio de sermos participantes desta mui rica promessa.
3. Serão novas todas as coisas. A consumação final do Reino de Deus é o estado de eternidade, ou perfeito estado eterno. A Bíblia revela o poder transformador de Deus para este período: “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5a). A palavra “fazer” nesta porção bíblica, segundo o teólogo pentecostal Stanley Horton, é usada para descrever um ato criativo de Deus. Segundo Horton, “o que se fala aqui é de uma nova, uma recente criação”. Portanto, a consumação final do Reino de Deus implica uma total renovação de toda a criação, que outrora gemia e tinha dores de parto, aguardando a manifestação gloriosa deste governo (Rm 8.19-21). É tempo de vivermos com mais intensidade a esperança da plenitude do Reino Eterno de Deus!
  
SINOPSE DO TÓPICO (III)

Após o milênio o Reino eterno de Deus será plenamente estabelecido. E os remidos da Antiga e da Nova Aliança habitarão na Nova Jerusalém.


CONCLUSÃO

O Reino de Deus em sua plenitude significa também a derrota total do Diabo e de todas as hostes espirituais da maldade (Mt 25.41). No entanto, a glória final dos justos (Mt 13.43) e a nossa perfeita comunhão com Deus (Lc 13.28,29) estão garantidas. Somos os filhos do Reino, pois fomos salvos em Cristo e nEle perseveraremos até ao fim (Mt 13.38). Portanto, convocamos todos os crentes em Jesus a levarem a sério sua missão e a cumprirem, de fato, o compromisso de serem verdadeiros agentes transformadores da sociedade por intermédio do Evangelho. Reajamos, pois, contra todas as obras opostas aos valores do Reino de Deus. Glorifiquemos ao Senhor pelo o que somos, dizemos e fazemos. Amém!

VOCABULÁRIO

Milênio: Reino com duração de mil anos a ser instaurado, na terra, pelo Senhor Jesus logo após o arrebatamento da Igreja e do término da Grande Tribulação.
Vaticinar: Profetizar, predizer.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, S. M. Teologia Sistemática. Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD.1996.

EXERCÍCIOS

1. Qual era a função de Adão e Eva no Éden?
R. Eram mordomos da criação.

2. De acordo com a lição, o que somos convocados a cultivar?
R. A “bem-aventurada esperança”.

3. Quem consumará o Reino de Deus de maneira plena?
R. O Senhor Jesus Cristo.

4. O que vaticinaram os profetas do Antigo Testamento sobre o Reino do Messias?
R. Os profetas vaticinaram que o reino messiânico é de justiça, paz e santidade.

5. Você deseja ser um agente transformador na sociedade?
R. Resposta pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

“Em Jesus Cristo, vemos o testemunho mais fundamental do Reino de Deus. Este estava personificado em Jesus, conforme vemos no seu ministério e milagres. Sua vida, morte e ressurreição garantem-nos que, quando Ele vier de novo, esmagará a soberba que tem destruído a harmonia entre as nações bem como entre as pessoas. Em Jesus, vemos o poder de Deus que um dia neutralizará o governo humano e encherá o mundo com um reino de Justiça. O reino, ou governo de Deus, através da vida e ministério de Jesus revelou poder para destruir o domínio sufocante que o pecado tem sobre a humanidade. Essa é a base da missão global da Igreja na era presente.
A proclamação feita por Jesus das boas-novas do Reino deve ser entendida em termos da aliança com Abraão, cujas condições declaravam o propósito de Deus: abençoar a todos os povos da terra (Gn 12.3). Jesus não deixou dúvidas quanto ao Reino de Deus já ter entrado na História, embora sua derradeira consumação ainda esteja no futuro (Mt 24.14). Porque esse reino já está manifestado à destra do trono do Pai, onde Jesus está agora exaltado, e intercede por nós (At 2.33,34; Ef 1.20-22; Hb 7.25; 1 Jo 2.1) e de onde ‘tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis’ (At 2.33), a Igreja pode avançar com confiança” (HORTON, S. M. Teologia Sistemática. 1.ed., RJ: CPAD.1996, pp.582,583).

sábado, 17 de setembro de 2011

Lição 12 - A integridade da doutrina cristã

Lição 12: A integridade da doutrina cristã
Data: 18 de Setembro de 2011
 TEXTO ÁUREO

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra(2 Tm 3.16,17).
 VERDADE PRÁTICA

A verdadeira doutrina cristã supre plenamente as necessidades da alma humana.
 LEITURA DIÁRIA

Segunda - Dt 32.2
A doutrina bíblica como a chuva que rega a terra

Terça - 1 Tm 4.6
As palavras da fé e da boa doutrina


Quarta - Tt 1.9
Retendo firme a fiel palavra, conforme a doutrina


Quinta - Tt 2.1
Falar o que convém à sã doutrina


Sexta - Hb 13.9
Não se deixe levar por doutrinas estranhas


Sábado - 2 Tm 3.16
Toda Escritura é proveitosa para instruir
 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Timóteo 3.14-17; Tito 2.1,7,10.

2 Timóteo 3
14 - Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
15 - E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 - Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,
17 - para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.

Tito 2
1 - Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.
7 - Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade,
10 - não defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.
 INTERAÇÃO

Professor, você terá a oportunidade ímpar de ensinar a respeito da integridade da doutrina cristã. Estamos vivendo tempos trabalhosos, onde muitos crentes, por falta de conhecimento bíblico, estão sendo seduzidos pelas falsas doutrinas. Enfatize o fato de que uma igreja sem doutrina é uma igreja carnal e sem condições de cumprir com sua missão integral. O objetivo da doutrina cristã é tratar o homem como um todo, pois só a Palavra tem poder para transformar a alma e o espírito: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Missão Integral só é possível quando devidamente fundamentada na Palavra de Deus.
 OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Compreender que a doutrina bíblica produz vida.
·   Saber que na atualidade muitos resistem à sã doutrina.
·   Conscientizar-se de que precisamos ser fiéis a sã doutrina.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza no quadro-de-giz o quadro abaixo. Depois, pergunte aos alunos: “O que é doutrina?”. Ouça as respostas e em seguida leia, juntamente com os alunos, o conceito apresentado na introdução da lição. Enfatize que sem a doutrina bíblica a igreja não tem condições de cumprir sua Missão Integral.

Doutrina é...

  1. Vida (Dt 32.2).
  2. Santificação (Jo 17.17).
  3. Sólido mantimento (Hb 5.14).
  4. Um escudo contra as sutilezas de Satanás (Mt 7.15).
  5. Liberdade em Cristo Jesus (Mt 22.33; Mc 1.27).

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave
Doutrina: Ensino sistematizado das verdades encontradas na Bíblia Sagrada.

Doutrina é o ensino sistematizado das verdades encontradas na Bíblia Sagrada. E o seu principal objetivo é levar o crente a ter uma vida perfeita diante de Deus e dos homens. Você quer ser realmente feliz e bem-sucedido em todas as coisas? Guarde os ensinos da Palavra de Deus; aplique-os em seu cotidiano.
Nesta lição, estudaremos a importância e a aplicabilidade da doutrina cristã no dia-a-dia do crente.

I. A DOUTRINA BÍBLICA E O HOMEM

1. Alimentando a alma. Alimentar as ovelhas com a Palavra de Deus é o principal dever do pastor (Jo 21.15-17; At 20.27,28). Além de prover alimento para o rebanho, tem ele a obrigação de protegê-lo e zelar por sua integridade moral e espiritual (At 20.28-31).
Muitos são os que pervertem o Evangelho, ensinando doutrinas estranhas e corrompidas (1 Tm 1.3). O ensino deve ser genuinamente bíblico. O pastor que não ensina a Palavra de Deus terá uma igreja problemática e suscetível às apostasias.
2. Doutrina é vida. A doutrina bíblica é algo suave e prazenteiro; é como a chuva que produz abundante vida (Dt 32.2).
Ela alcança-nos como um todo, para que sejamos santos em toda a nossa maneira de viver, conforme escreve Paulo: “O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23). Você quer realmente uma vida plena? Coloque em prática a sã doutrina. Não há outro meio de ser feliz. Leia o Salmo Primeiro e veja a bem-aventurança daquele que, dia e noite, medita na Palavra de Deus.
3. Doutrina e cultura. Em toda cultura há coisas boas e más. Devemos, por conseguinte, rejeitar tudo aquilo que contraria os preceitos bíblicos. Como saber se algo é ruim ou bom num contexto cultural? Em que devemos nos basear? Obviamente, na Palavra de Deus. Somente através da Bíblia Sagrada teremos condições de discernir entre o certo e o errado. O ensino sistemático das verdades bíblicas é imprescindível.
Quanto a este assunto, a recomendação de Paulo é urgente e não contempla aquilo que o mundo chama de politicamente correto: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).


SINOPSE DO TÓPICO (I)

A doutrina bíblica é como a chuva que rega a terra. Ela produz vida.


II. RESISTÊNCIA À SÃ DOUTRINA

1. A inversão de valores. Muito se fala a respeito da perda dos valores morais e éticos, pois vivemos numa sociedade permissiva, que rejeita sistematicamente todos os valores absolutos. Até mesmo alguns que se dizem crentes vêm rejeitando a ética e a moral cristãs, apegando-se a filosofias mundanas e perversas (Is 5.18-25). O Deus do Antigo e do Novo Testamento, porém, não mudou, Ele exige que sejamos santos porque Ele é santo (1 Pe 1.15).
2. Desviando os ouvidos da verdade. O espírito da mentira e do engano está em plena operação no mundo, levando até mesmo alguns crentes a rejeitarem a autêntica pregação bíblica e a sã doutrina (2 Tm 4.3,4). Muitos são os que, já desviados da verdade, andam a procura de um evangelho light e descompromissado com a verdade (2 Tm 2.18; 3.7,8). Os tais rejeitam os textos bíblicos que estimulam os filhos de Deus a ter uma vida santa, humilde, quebrantada e perfeita diante de Deus e dos homens (2 Tm 3.15-17; Ez 33.31,32).
3. Fábulas e mitos. Muitos são os que, abandonando a verdade do Evangelho de Cristo, apegam-se às fábulas e mitos (2 Tm 4.4). E andam atrás daqueles que lhes falem somente o que eles querem ouvir. Assim, desprezam a sã doutrina e pisam no sangue do Cordeiro de Deus. A advertência bíblica é grave: “De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” (Hb 10.29).
  
SINOPSE DO TÓPICO (II)

Na atualidade, muitos têm resistido à sã doutrina, dando ouvido a fábulas e mitos.
  
III. ATITUDES EM RELAÇÃO À SÃ DOUTRINA

1. Fidelidade a Deus. Apesar de a iniquidade multiplicar-se incontrolavelmente, os autênticos cristãos porfiam em servir a Deus e guardar a sã doutrina. Estes, por amor à justiça, enfrentam perseguições e sofrimentos (2 Tm 3.10-12; Mt 5.10-12), mas perseveram até ao fim. O crente fiel não sente vergonha em declarar a sua crença em Deus e nas Escrituras, esteja ele onde estiver (Mc 8.38). Nossos valores devem ser vistos por todos mediante a nossa conduta exemplar e irrepreensível. A doutrina cristã tem de ser vivida no dia-a-dia. O que adianta conhecê-la, mas não colocá-la em prática?
2. Discernindo os enganos e sutilezas. Uma das principais estratégias de Satanás é a formulação de doutrinas estranhas à Palavra de Deus. Estas, por suas sutilezas, parecem verdades, mas são mentiras. A mídia é o principal instrumento de difusão desses enganos (2 Tm 3.13). Se a nossa mente não estiver instruída pela verdade, seremos levados pelas ondas do erro e arrastados pelos ventos da apostasia (Ef 4.14). Guiados pela Palavra de Deus, porém, estaremos sempre atentos contra as sutilezas do Maligno e dos que se deixam ser usados por ele.
3. Plenitude de vida. A vida abundante, de que fala a Bíblia Sagrada (Jo 10.10), envolve todos os aspectos de nosso ser: físico, espiritual, emocional e mental. Uma de suas evidências é um relacionamento íntimo com Deus mediante o Espírito Santo. O amor do Pai em nossos corações leva-nos a obedecer aos seus preceitos: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados” (1 Jo 5.3). Vivamos, pois, de acordo com a Bíblia Sagrada e coloquemos em prática, em nosso cotidiano, todos os seus valores. O Espírito Santo habilita-nos a viver dessa forma, para que sejamos, de fato, luz do mundo e sal da terra.
  
SINOPSE DO TÓPICO (III)

Ser fiel a sã doutrina significa desfrutar da vida abundante que Jesus tem para nós.
  
CONCLUSÃO

Aquele que ama a Deus guarda a Sua Palavra e faz a Sua vontade, pois a nossa obediência mostra o que o Espírito Santo vem operando em nossos corações desde o momento em que recebemos a Cristo como nosso Salvador e Senhor.
 VOCABULÁRIO
 Fábula: Narração de coisas imaginárias; ficção.
Light: Leve.
Mitos: Ideias falsas, sem correspondente na realidade.
 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
Colson, C.; PEARCEY, N. O Cristão na Cultura de Hoje. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
 EXERCÍCIOS
 1. O que é doutrina?
R. É o ensino sistematizado das verdades encontradas na Bíblia Sagrada.
 2. Qual o principal objetivo da doutrina?
R. É levar o crente a ter uma vida perfeita diante de Deus e dos homens.
 3. Qual o principal dever de um pastor?
R. Alimentar as ovelhas com a Palavra de Deus.
 4. A vida abundante que Cristo nos dá envolve quais aspectos?
R. Todos os aspectos de nosso ser: espiritual, emocional, mental.

5. O que nos faz seguir as doutrinas bíblicas e os preceitos do Senhor?
R. O nosso amor pelo Senhor.
 AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Teológico

“Introdução à doutrina
Uma das maiores necessidades da presente hora, no seio da Igreja é uma sólida base bíblica doutrinária para a fé.
Doutrina significa literalmente ensino normativo, terminante, como regra de fé e prática. É coisa séria. É fator altamente influente para o bem e o mal. A sã doutrina é uma bênção para o crente e para a Igreja, mas a falsa — corrompe, contamina, ilude e destrói.
O plano de Deus é que depois de salvos, ‘todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade’ (1 Tm 2.4 — ARA). A tragédia espiritual de inúmeros crentes, é que não atentam para isso. Podemos pagar muito caro por uma só ignorância espiritual.
A doutrina bíblica gera bons costumes, mas bons costumes não geram doutrina bíblica. Igrejas há que têm um somatório imenso de bons costumes, mas quase nada de doutrina. Isso é muito perigoso! Seus membros naufragam com facilidade por não terem o lastro espiritual da Palavra.
Uma das atividades prediletas do Diabo é subtrair a Palavra de Deus (Mt 13.19), inclusive no púlpito, onde, muitas vezes ela é substituída por coisas vãs.
O Diabo é o autor ou inspirador de todo ensino falso (1 Tm 4.1) e perversão dos verdadeiros” (2 Pe 3.16) (GILBERTO, A. Manual da Escola Dominical. 17.ed., RJ: CPAD, 1999, pp.91-93).
 AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico
 “O Desvio da Verdade
Todas as falsas doutrinas têm um traço em comum: o desvio da verdade revelada. Os que encorajam o erro, além de serem deficientes em moralidade pessoal, terminaram onde estão por causa do que deixaram para trás. Eles deixaram o que é verdade para buscar o que é falso (1 Tm 1.3; 6.3). Paulo usa uma série de palavras vívidas para impressionar seus leitores com esse desvio.
Desvio. Em 1 Timóteo 1.6, a palavra grega astocheō retrata a ideia de ‘longe da marca’ ou ‘de ultrapassar a marca’. Essa é uma expressão conveniente desde que, no versículo anterior, Paulo afirma que o objetivo da instrução dele ‘é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida’. É óbvio que os falsos mestres ignoram esse propósito definidor à medida que eles se ‘desvia[m]’ para outros interesses.
Rejeição. É igualmente vívido o termo para a rejeição da fé e da boa consciência por parte deles (1 Tm 1.19). Em Atos 7.39; 13.46 e Romanos 11.2 usam esse termo (apōtheō) para descrever a rejeição violenta e proposital. Até mesmo o resultado no contexto imediato de 1 Timóteo 1.19 ilustra essa violência, já que ele indica o ‘naufrágio’ da fé de Himeneu e Alexandre (v.20). De acordo com Paulo, a expectativa futura não parece nem um pouco mais luminosa.
Apostasia. Paulo, por meio de revelação do Espírito de Deus, prediz uma apostasia moral e espiritual (apostasia, 1 Tm 4.1) com a aproximação dos últimos dias. O que se inicia como desvio da verdade resulta em sedução pelos demônios e suas doutrinas” (vv.2,3) (ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2008, pp.373,374).