terça-feira, 14 de junho de 2011

Lição 11 - UMA IGREJA AUTENTICAMENTE PENTECOSTAL


O texto abaixo, da útlima lição, é da lavra do Pastor Elienai Cabral comentarista da revista da EBD deste trimestre. Bastante completo e memorável. Muito bem escrito, incisivo... enfim. Encontra-se no livro-texto oficial da lição.

UMA IGREJA AUTENTICAMENTE PENTECOSTAL

Por Elienai Cabral

Uma igreja pentecostal autêntica é aquela que evangeliza, ensina e ajuda aos necessitados, cumprindo sua missão integral na terra

O que é uma igreja pentecostal autêntica? Uma igreja pentecostal autêntica é aquela que tem seu fundamento na doutrina dos apóstolos e a mantém. Uma igreja pentecostal autêntica é aquela que reúne elementos como teologia, doutrina e tradição e procura ter equilíbrio nesses elementos. Nossa teologia implica o processo de exame e reflexão para a construção das doutrinas bíblicas que norteiam aquilo que cremos e o que defendemos. Em termos de doutrina, nós a entendemos como o produto da teologia. Ela é formada a partir de convicções examinadas, ponderadas e afirmadas como verdadeiramente aceitáveis numa autêntica igreja pentecostal. O credo apostólico, por exemplo, começa assim: “Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador dos céus e da Terra” e isso expressa a doutrina que foi desenvolvida durante a história da igreja. Em termos de tradição temos outro elemento importante que não pode ser relegada a somenos importância. A tradição significa “a ação de dar, de entregar, de transmitir para outras gerações”. Por exemplo, a tradição garante o conjunto de doutrinas essenciais que passamos para outras gerações. Por isso, uma igreja pentecostal autêntica tem uma linha de ação que alcança, pelo menos, quatro campos de atividades. Esses quatro campos de ação se constituem em elementos que sustentam as suas atividades, tanto espirituais quanto humanas. Esses elementos são aqueles formados pela igreja primitiva, envolvendo evangelização, integração, serviço social e comunhão. 

I – EVANGELIZAÇÃO REPRESENTA A MISSÃO PRIMORDIAL DA IGREJA PENTECOSTAL

A igreja emergente do dia de pentecostes assumiu a consciência cristológica de que o mundo deveria ser evangelizado. A mensagem do evangelho deveria ser pregada a toda criatura em obediência do imperativo de Cristo. Uma igreja pentecostal autêntica sabe que o seu progresso não pode ser medido ou avaliado primeiramente por suas atividades filantrópicas, educacionais e materiais. A igreja só é igreja por que sua missão primordial é a evangelização dos pecadores. 

O imperativo da Evangelização

As palavras de Jesus após sua ressurreição, antes de ser elevado à presença do Pai, implicam quatro ações essenciais: Ir, Fazer discípulos, batizar e ensinar – Mt 28.19,20. O sentido de ir implica ação, movimento, ir ao encontro das pessoas a fim de comunicar a mensagem salvífica do evangelho. Todo cristão regenerado pelo Espírito tem este ímpeto de dar testemunho de Cristo aos pecadores. Depois, o ato de fazer discípulos requer do Cristão a responsabilidade não apenas de pregar e anunciar o evangelho, mas o de conduzir as pessoas a se tronarem seguidoras de Cristo, fazendo-as andar nas mesmas pisadas de Cristo para serem felizes. Em terceiro lugar, uma vez discipulada, a pessoa é levada a demonstrar sua fé em Cristo, testemunhando Dele no batismo por imersão. Esse é o ato físico que confirma o novo discípulo pela sua confissão pública de que Jesus Cristo é o seu Salvador e Senhor. Em quarto lugar, uma atividade de importância é o ensino da doutrinas bíblicas que fortalecem sua vida cristã.

Evangelização, o fator de crescimento do Movimento Pentecostal 

Entendemos que cada Nov convertido, mesmo não tendo conhecimento teológico, tem um testemunho de Cristo a transmitir às outras pessoas. Cada crente, ao receber a operação do Espírito Santo em sua vida torna-se um evangelista. Portanto, o crescimento de uma igreja local não é medido por um modelo tecnocrático de crescimento, mas sim pela ação dinâmica do Espírito Santo, que induz cada crente a fazer sua parte. Não dispensamos os métodos humanos e práticos de trabalhar na evangelização, mas entendemos que o faz uma igreja crescer é o fato de que Cristo é o edificador da sua igreja. Seu Espírito dinamiza a igreja, mas Cristo é quem edifica, conforme Ele mesmo declara: “Edificarei aminha igreja” –Mt  16.18. A igreja , portanto, cumpre seu papel militante e triunfante, porque é movida pelo Espírito Santo. A igreja é um organismo vivo e dinâmico que se movimenta em toda Terra para estender o Reino de Deus em todas as direções.

A Missão da igreja extrapola o simples trabalho de evangelização

O simples trabalho de ganhar almas para o reino de Deus está englobado no projeto universal da redenção. O apóstolo Paulo entendeu isto, e pelo Espírito Santo declarou que o objetivo final do propósito da redenção é o de convergir em Cristo todas as coisas, nos céus e na terra. Ef  1.10. Por isso, a missão da igreja não é reservada para grupos específicos ou para departamentos especiais e evangelização no seio da igreja local. A missão evangelizadora da igreja está na relação vital entre a igreja e o reino de Deus. Mt 10.7. A igreja, como grupo local, é a versão imanente do reino de Deus, e o reino de Deus é a versão transcendental da igreja. O relato de Lucas em Atos 8.12 sobre a ação evangelizadora de Filipe ilustra esse conceito quando diz: ”Mas como crescem em Filipe, que lhes pregava acercado reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens quanto mulheres”. É na igreja, com a igreja, por intermédio da igreja, e pela igreja que o reino espiritual de Cristo se torna uma realidade tangível.

II – SEGUNDO ELEMENTO: INTEGRAÇÃO NA VIDA DA IGREJA
O discipulado

Evangelização e discipulado são inseparáveis. É impossível fazer-se discipulado sem evangelização, pois um complementa o outro, por que estão interligados na tarefa suprema da igreja de “ir e fazer discípulos” Mt 18.19,20. A igreja do pentecostes levou a sério sua dupla missão de evangelização e discipulado. Para constituir o seu povo na terra o Senhor Jesus estabeleceu sua igreja na terra que é o seu corpo místico Ef 1.22,23. Ela é composta de pessoas que receberam a Cristo em suas vidas, foram regeneradas pelo Espírito Santo, e a igreja cumpre o papel de integrá-las na igreja local, obedecendo as duas principais ordenanças de Cristo – o batismo em águas e s participação na Santa Ceia. Para que o novo crente tenha uma integração positiva, antes do batismo ele deve ser discipulado. Como pentecostais supervalorizamos a manifestação dos dons em detrimento do compromisso que o crente deve ter com a igreja local, mas o compromisso real [e aquele que é feito com a igreja. Por isso, o batismo em águas é a prova maior do crente com o Senhor Jesus e com a igreja. O batismo, por si só, não salva nem lava pecados. A obra expiatória consumada no calvário é que salva e purifica o pecador de seus pecados – Hb 2.17; Ef 1.7; I Co 15.3. A ação integradora do batismo acontece a partir do instante que a pessoa se arrepende dos seus pecados e os confessa ao Senhor Jesus Cristo At 2.37-41. A igreja diz literalmente que os que agregaram a igreja no dia de pentecostes foram quase três mil almas, e naquele mesmo dia foram batizadas em águas. Sabemos que o batismo em águas não é pré-requisito para receber o batismo com o Espírito Santo, mas sabemos que somente os regenerados podem ser batizados com o Espírito Santo. Nem tampouco se deve confundir batismo com o espírito Santo com o batismo em águas. Todo regenerado recebe o Espírito em sua vida, mas a experiência do batismo com o Espírito Santo é obra posterior, que não implica obra de salvação. Na casa de Cornélio, toda sua família foi cheia do Espírito Santo e falou em outras línguas independentemente do batismo nas águas At 10.44-48.

O batismo em águas por imersão

O sentido da palavra batismo é batismo, que significa “imergir”, “mergulhar”. O modo adotado pelas igrejas pentecostais é o batismo por imersão em águas, do mesmo modo como Jesus foi batizado nas águas do Rio Jordão – Mt 3.13-17; Mc 1.9-11; Lc 3.21,22; Jo 1.32-34. Em Atos dos apóstolos temos o início da igreja que deu continuidade à ordem de Cristo de batizar os que cressem em Jesus Cristo At 2.41; 8.36-39; 9.18. O segundo sentido é litúrgico, porque o batismo em águas é apenas simbólico, ainda que seja literal o emergir a pessoa convertida em águas que cubra todo seu corpo. O sentido litúrgico implica o testemunho público demonstrado pelo batizado de que Jesus Cristo é o Senhor. Não há uma regra bíblica de que só participa da Santa Ceia os batizados em água, mas a igreja ao longo da história entendeu que o valor da Santa Ceia está no compromisso que o crente assume com a igreja de Cristo. A Santa Ceia é uma ordenança e, naturalmente, a participação do crente batizado está implícito no ato da Santa Ceia,  que é a celebração da morte expiatória de Cristo; é a nossa participação do seu corpo mística, a igreja.

A evangelização como fator de crescimento das igrejas pentecostais

A força propulsora da evangelização é oi poder do Espírito Santo na vida do crente. A promessa de poder não foi algo utópico. Pelo contrário, o seu cumprimento foi uma realidade que tem continuidade em nossos tempos. Lucas registrou a promessa de Jesus, que quando disse: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo que há de ir sobre vós: E ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judéia e Samaria e até aos confins da terra” At 1.8.  As Assembléias de Deus no Brasil sempre primou pela evangelização. Nossos fundadores, Daniel Berg, Gunnar Vingren, eram evangelistas natos. Com poucos recursos e sempre dependendo de milagres para sobreviver, esses dois servos de Deus, viajavam em meio à floresta amazônica para pregar o evangelho nas vilas ribeirinhas do Pará e do Amazonas. O ímpeto evangelístico não pode ser sufocado por outras finalidades. A igreja como corpo de Cristo, deve agir do mesmo modo que Jesus durante o seu minsitério terreno. Ele tinha consciência de sua missão de salvar o homem pecador Mt 20.28; Lc 19.10. Depois do pentecostes, a igreja não parou. Por toda parte o evangelho era pregado com autoridade e com sinais e prodígios At 10.44,46.


III – A MISSÃO EDUCADORA DA IGREJA PENTECOSTAL

Sem dúvida, a evangelização e o serviço social, fazem parte da missão integral da igreja. Somos chamados à evangelização pessoal, tanto quanto ao serviço social Lc 8.1; At 10.38. A igreja primitiva, a partir do dia de pentecostes, entendeu, pelo Espírito Santo, que a missão de assistência aos necessitados, aos pobres e aos doentes era uma missão da igreja. Com a mensagem evangelizadora, damos pão espiritual aos pecadores, mas com o serviço social atendemos suas necessidades materiais.

O ensino é a base para uma igreja pentecostal autêntica

A igreja é o que é por causa do exemplo de Jesus. Ele desenvolveu grande parte de seu ministério ao ensino Mc 2.1,2; Jo 3.3-21. Jesus ensinava com autoridade por que tinha domínio do conteúdo que ensinava, por isso, quando abria a sua boca para ensinar deixava todos atônitos com a excelência e a singular autoridade de sua doutrina Mt 7.29. Após a sua ascensão, os discípulos deram continuidade ao seu ministério de ensino, por que tinha em mente a lembrança da ordem imperativa: “... ide ensinai todas as nações...” Mt 28.19. Ensinar é também, um dom espiritual, independentemente da capacidade intelectual que um mestre cristão possa ter. Esse dom tem por objetivo, firmar a fé cristã na mente e no coração dos novos discípulos. A linguagem bíblica para o exercício desse dom é a “edificação do corpo de Cristo” Ef 4.12. 

A comunhão é o azeite que lubrifica ávida da igreja

A igreja é como uma máquina poderosa que precisa ser lubrificada nas suas engrenagens para funcionar com eficiência. O azeite lubrificador é a comunhão produzida pelo Espírito Santo na vida dos crentes. Por isso, doutrina e comunhão são indispensáveis para termos resultados positivos na vida cotidiana da igreja. Se o discipulado é importante para o fortalecimento da fé cristã do novo convertido, a sua doutrinação implica receber o ensino doutrinário que lhe dará firmeza em Cristo. O testemunho que temos dos primeiros dias da fé cristã em Jerusalém é o que diz o texto: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos” At 2.42. A consolidação da fé se daria na doutrinação da fé em Cristo. O segundo elemento é a comunhão. O texto continua dizendo: “E perseveraram... na comunhão”. Ora, comunhão nesse contexto refere-se a “aquilo que é comum a todos”, ou seja, aquilo que todos podem compartilhar não só espiritualmente, mas também materialmente. O terceiro elemento é a solidariedade apoiado pela Escritura que diz ainda: “E perseveraram... no partir do pão”. Esse texto de Atos 2.42 refere-se tanto à s refeições comuns que eram feitas nas reuniões da igreja quanto à participação na Santa Ceia do Senhor. Era um ato de fraternidade e solidariedade entre os irmãos. E, por último, as orações. O povo perseverava em oração que indicava a relação com o Senhor.

O exemplo da igreja em Antioquia

A igreja em Antioquia foi e é até hoje um modelo de igreja pentecostal autêntica. Havia no seu seio profetas e doutores que ensinavam a igreja com graça e autoridade. Seus líderes espirituais tinham autoridade na direção da igreja e todos os dons exercidos na vida interna eram exercidos com equilíbrio e submissão At 13. 1-12. Um ponto vital que tornava a igreja em Antioquia um modelo para todas as igrejas era a operação livre do Espírito na vida da igreja, orientando, dirigindo, corrigindo cristãos e enviando missionários para a propagação do evangelho em outros lugares. O relato de Atos 13 destaca nos versículos 2 e 4 que o Espírito falava com liberdade à igreja e que ensinava para outros, e a liderança da igreja obedecia a orientação do Espírito Santo. Era, indiscutivelmente uma igreja pentecostal. Porém, hoje não nos parece que o Espírito Santo tem a mesma liberdade e autoridade sobre a liderança de nossas igrejas. Prevalece, lamentavelmente, em muitas de nossas igrejas que se dizem pentecostais, atitude autoritária e interesses alheios à direção do Espírito Santo. Que possamos rever nossa atitude e tomar como exemplo a igreja de Antioquia. Naquela igreja havia mestres “doutores”, que ensinavam e preparavam obreiros para os desafios da obra do evangelho. Por isso, ensinar na igreja não depene da mera capacidade acadêmica das escolas de teologia, mas é preciso descobrir aqueles que possuem o dom ministerial pelo Senhor Jesus Cristo Ef 4.11 e, daí sim procurar aperfeiçoar o ministério estudando e adquirindo conhecimento teológico para melhor desempenhar o ministério de ensino I Tim 4.13.

A ortodoxia do ensino bíblico

A palavra ortodoxia advém de duas palavras gregas orthos e doxa. O termo orthos na língua grega do Novo Testamento quer dizer “reto”, “correto”. Dessa palavra existem outras palavras relativas como, por exemplo: ortopedia – correção de ossos -, ortografia – escrita correta -, ortodontia – correção de dentes por aparelho -, e etc. Em relação à Bíblia a palavra ortodoxia refere-se à retidão da palavra de Deus. Já o sufixo de orthos é doxia, que designa fidelidade, intransigência e exatidão doutrinária. A preocupação fundamental de uma igreja autenticamente pentecostal é a fidelidade ao princípio hermenêutico da fidelidade de Deus revelada na Bíblia Sagrada. Ora uma igreja autenticamente pentecostal edifica sua fé sobre o “fundamento dos apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” Ef 2.20,21. A quebra da ortodoxia implica heresia. É a ameaça de falsas doutrinas que Paulo denomina “ensinar outra doutrina” I Tim 1.3. A ortodoxia nos protege dos caminhos perigosos das heresias e vãs filosofias. Entretanto, precisamos ter o cuidado de não tornar nossa ortodoxia um entrave para a operação livre do Espírito Santo. Não podemos, em nome da ortodoxia doutrinária, submeter o Espírito Santo às nossas idéias e conceitos próprios, quando certos pontos doutrinários são discutíveis. Ninguém é dono da verdade. As verdades absolutas do Evangelho são indiscutíveis, mas existem verdades relativas, que são aquelas que sugerem mais de uma definição. Tem havido injustiça e atitudes arbitrárias por pessoas que não abrem a mente para ouvir, avaliar e discutir conceitos relativos. O que importa de fato, é que sejamos uma igreja que se mantém fiel à doutrina dos apóstolos.

IV – A IGREJA DO PENTECOSTES FOI UMA IGREJA QUE NÃO SE DESCUIDOU DO SERVIÇO SOCIAL

Somos uma igreja pentecostal porque acreditamos nas suas origens nos primórdios da igreja. A igreja Atos dos Apóstolos cuidou não apenas da doutrina, comunhão, palavra e oração. Ela desenvolveu uma atitude de solidariedade, como confirma o texto sagrado: “E perseveravam... no partir do pão” At 2.42. A igreja reunida naqueles dias juntava pessoas de várias classes sociais e econômicas e como havia muita gente pobre, todos queriam compartilhar do pão nas refeições comuns que eram feitas nos locais de encontro dos novos cristãos.

O serviço social como um ato de fraternidade cristã

A igreja de Atos não foi apenas estimulada a cuidar de almas pregando o Evangelho a toda criatura Mc 16.15. A igreja foi apelo Espírito Santo a amar não apenas o Senhor Jesus, mas a amar o próximo. Na verdade, o Espírito Santo estava restaurando o preceito bíblico de atender o pobre nas suas necessidades Lv 23.22; Dt 15.11; Sl 41.1; 82.3, e tornando-o mais forte que um mero preceito, mas uma atitude cristã At 11.28-30; Gl 2.10. Não podemos dissociar a missão assistencial da missão evangelística. O imperativo da Grande Comissão inclui na essência da mensagem do Evangelho, a assistência às pessoas necessitadas materialmente Mt 25.35-40; Jo 13.14,15. O pentecostalismo descuidou-se da ação social como um compromisso da igreja de Cristo. Uma igreja pentecostal autêntica tem um profundo sentimento de ação social. Somos uma igreja voltada para o homem na sua totalidade: corpo, alma e espírito. 

A igreja primitiva cumpria sua missão social

Segundo o testemunho de Paulo na igreja de Corinto, aquela igreja foi ensinada a cumprir o seu papel eclesiástico, pregando o evangelho, discipulando os novos convertidos, estimulando-os no exercício dos dons espirituais e no atendimento às pessoas necessitadas de socorro físico e material Gl 2.9,10. Voltando à igreja de Jerusalém nos anos 45-54 d.C., segundo o historiador Josefo, houve uma grande fome na Judéia At 11.27-30. Esse fato ocorreu no governo de Cláudio César, Imperador de Roma. Nesse período de extrema necessidade experimentada pelos cristãos de Jerusalém e de toda Judéia, as igreja as igreja da Galácia, de Antioquia, de Corinto e outras mais juntaram víveres e ofertas de amor para suprirem os cristãos da igreja de Jerusalém. Eram igrejas sobre os auspícios do Espírito Santo, por isso foram tocadas e persuadidas a fazerem a obra de Deus de modo total.

Com este capítulo aprendemos que a igreja não apenas usufrui das bênçãos da salvação, mas cumpre seu papel profético e social no mundo em que vive.