sábado, 21 de janeiro de 2012

O PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

O PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL


Divisa: Lc 6.40b “... todo aquele, porém, que for bem instruído será como seu mestre.” RA.
                      “... porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor.” BLH.
                      “... mas todo o que for perfeito será como o seu mestre.” RC.


Introdução:eficiência

O professor eficiente é aquele que baseia seu ensino numa rica experiência de vida. Ninguém consegue ser um bom comunicador a partir de um arquivo intelectual vazio. Não podemos passar a outros aquilo que não possuímos.

Existe uma variedade de pessoas hoje que estão ministrando em nossas salas de aula sem o mínimo de dedicação, responsabilidade, sem o mínimo de compromisso com o ensino. Há aqueles que são vocacionados; há aqueles que estão ali por não haver outra pessoa para estar em seu lugar; são os famosos quebra-galhos. Estes na verdade não querem e não desejam ter um compromisso sério com o ensino bíblico.

De que lado você está atuando? Você é da esquerda ou direita? Têm responsabilidade ou é um irresponsável? É vocacionado ou não possuí nenhum vocação? Qual é a tua posição?
Na verdade, quem é o professor da Escola Dominical? Eis alguns pontos a serem considerados:


I.                   O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL


1.      O Professor deve ser:
a.       uma pessoa salva de modo completo;
b.      membro de uma igreja;
c.       de vida cristã correta e sadio na fé. (I Tm 3.2)

2.      A posição espiritual do professor é:
a.       posição de honra;
b.      posição de responsabilidade. (Ez 33.8-9)

3.      O Professor é dirigido por uma Lei:
a.       precisa conhecer o que vai ensinar;
b.      elementos necessários para uma relação de ensino eficiente são:
b.1. Professor                 b.2. Aluno             b.3. Matéria.
c.       três fatores que contribuem e que o professor precisa conhecer para estabelecer uma relação de ensino são:
c.1. Matéria                    c.2. Aluno              c.3. Método.

1.      O ministério de ensino do professor:
a.       Por que ensinas?
·         por amor a Deus
·         por gratidão a Deus;
·         porque o Senhor ordenou. (Mt 28.19-20)

b.      Qual é o teu propósito no ensino?
·         ganhar almas para Jesus;
·         desenvolver a espiritualidade dos alunos;
·         treinar os alunos para o serviço do mestre.

c.       O que ensinarás?
·         a Bíblia.

d.      A quem ensinarás?
·         a homens;
·         a mulheres;
·         a crianças.

e.       Como ensinarás?
·         conhecendo a Cristo como Salvador e Rei;
·         conhecendo a Bíblia;
·         conhecendo a matéria;
·         conhecendo o aluno (Psicologia de cada aluno);
·         conhecendo a arte de ensinar (Pedagogia).

2.      Os requisitos de um bom professor:

2.1.  Preparo

a.       espiritual (Ed 7.10; I Pe 3.15); ser cheio, controlado e movido pelo Espírito Santo (I Co 2.15; Gl 6.1). é ter o fruto do Espírito expresso em Gl 5.22-23. São nove as qualidades listadas como fruto do Espírito:
(a). as três primeiras dizem respeito ao relacionamento do cristão com Deus.

AMOR – Os textos neotestamentários apresentam o amor como sendo a origem, o sentido e a razão do existir cristão. Ágape é a palavra usada. E a melhor definição para esta palavra, tão abundantemente usada no Novo Testamento é: “a forma mais elevada e nobre de amor, que vê no objeto do amor algo infinitamente precioso.” Desta forma, ágape aparece como algo importante nas relações entre Deus e o ser humano. Paulo diz que essa dádiva nos é dada pelo Espírito (Rm 5.5). diz também que o amor é dentre outras coisas, um Dom permanente, um meio de vitória na vida cristã, mais importante de todas as conquistas. (I Co 13)

ALEGRIA – O Espírito proporciona bens espirituais tão relevantes, que só poderiam proporcionar uma alegria, ou um gozo espiritual no mesmo nível. A constatação do salmista é confirmada no N.T., quando diz: “... na tua presença há plenitude de alegria...” RA. “... A tua presença me enche de alegria e me traz felicidade para sempre”. BLH. (Sl 16.11b). Jesus define com estas palavras o propósito da sua missão: (Jo 15.11).

PAZ – Com o mesmo vigor, o relacionamento com Deus passa a ter sentido e produz profunda realidade a partir da paz, como realidade concreta do Espírito Santo. Paz “eirene” (ei.rh,nh) no NT traduz com segurança a palavra “Shalôm” (Mwolv\), no hebraico do AT, que significa: “tudo quanto contribui para o bem do ser humano – serenidade, tranqüilidade, o perfeito contentamento da vida totalmente feliz.” O Espírito frutifica paz na medida em que aplica a obra vitoriosa, redentora e salvadora de Jesus Cristo, portanto, pelos seus exclusivos méritos.

(b) As três próximas qualidades do fruto do Espírito desenvolvem-se na vida do Cristão na esfera do seu relacionamento com o próximo:

LONGANIMIDADE – Expressa uma certa atitude para com as pessoas e eventos. Temos a palavra longanimidade, porque makros significa longa paciência, e thumos quer dizer ânimo ou disposição. Longanimidade (makroqumi,a), significa a paciência com as pessoas. É o espírito que nunca perde a paciência com as pessoas, nem a esperança para com elas; Deus é longanimo em relação ao ser humano – (II Pe 3.15); e desenvolve nele essa abençoada condição que permite suportar situações das mais desagradáveis com paciência – (Ef 4.12) e, assim, não vive com o dedo no gatilho da ira.

BENIGNIDADE – À vezes essa qualidade (crhsto,thj), é vista também sobre forma de atitudes ternas e gentis. Essa provém da realeza graciosa de Deus, porquanto é eternamente benigno. Em Tito 3.4, Paulo diz que a Salvação em Cristo concretiza-se por obra da benignidade de Deus. Essa virtude é definida como a dinâmica da bondade. O Espírito Santo produz essa qualidade divina na vida do cristão a fim de ser possível viver uma relação saudável com o seu próximo.

BONDADE – (ªªavgaqwsu,nh) Relacionada à qualidade anterior, a bondade é definida como sendo a qualidade própria daqueles que só desejam o que é bom, independente das circunstâncias. Os cheios de bondade estão entre os que representam os mais elevados valores éticos e morais. “Bom, no entender da Escritura Sagrada, significa: “ser como Deus” porque ele é o único que é perfeitamente bom. Uma coisa é ter padrões éticos elevados, outra coisa é a bondade que o Espírito Santo produz, que tem raízes em Deus.

(c) Os três últimos gomos restantes do fruto dizem respeito ao relacionamento do cristão consigo mesmo:


FIDELIDADEpi,stij – é a palavra original no grego, e diz respeito à base de todo o conhecimento e experiência do cristão: confiança irrestrita em Deus, nas suas promessa e realizações; convicção e atitudes que tornam o indivíduo confiável. Pois, não há como enfrentar e vencer desafios e adversidades, tais como as aflições, as dúvidas, as fraquezas, o tempo, etc. O testemunho cristão, abençoado com essa virtude é aceito por ser bom, leal I Co 4.2; responsável Lc 12.42; 19.17, e que arrisca a própria vida pela causa de Cristo – Ap 2.10.

MANSIDÃO (prau[thj) – Duas palavras associam-se inteligentemente: “força e suavidade.” Equilibradamente, estas duas palavras denotam um sentimento e um caráter humilde e ao mesmo tempo sábio, seguro e forte. Mansidão está as vezes associada especificamente com o amor e as vezes com a disciplina. Mansidão para receber a palavra de Deus ou, então, para enfrentar a oposição à mesma. Jesus dá um convincente testemunho de mansidão diante dos seus opositores. Com a mesma sabedoria, Deus desenvolve essa preciosa qualidade através do seu Espírito. “Mansidão abriga uma força silenciosa que confunde os que a consideram fraqueza.” (II Co 10.1,10)

DOMÍNIO PRÓPRIO – Este é o nono, também indispensável gomo do fruto do Espírito Santo. Quem não possuí essa qualidade expõe toda a sua vulnerabilidade e consequentemente, se compromete. O sentido neotestamentário faz coro com Pv 16.32, trata-se de um senhorio forte e suficiente para controlar pensamentos e impulsos. Paulo diz: (I Co 9.25).


b.      Fidelidade no dever, ser disciplinado:
Sl 101.6; I Co 4.2

c.       Ser Paciente
O nosso Deus é o “Deus da paciência” - Rm 15.5

d.      Ser Dedicado
É o serviço feito da melhor maneira, é o zelo no trabalho – Ec 9.10.

   
e.       Ser pontual
É chegar na hora, começar na hora, terminar na hora. Jesus sempre andava na hora – Jo 2.4.

f.       As responsabilidades do professor:
1.      para com Deus – I Tm 1.12;
2.      para com a igreja – Ef 4.12;
3.      para com a EBD – Rm 12.10;

Prof. Ricardo Aparecido dos Reis                                                 

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